Independência funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos e sua relação com a fisioterapia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-51502012000200011Resumo
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) constitui uma das principais causas de internações e mortalidade, causando, em cerca de 90% dos sobreviventes, algum tipo de deficiência, seja ela parcial ou total. Os comprometimentos funcionais variam de um indivíduo para o outro e o desempenho das habilidades de atividades de vida diária (AVD) são fortemente prejudicados. Objetivos: Avaliar a independência funcional de indivíduos na fase crônica após AVE e verificar a sua relação com a realização de tratamento fisioterapêutico. Materiais e métodos: A amostra constou de 69 hemiparéticos crônicos com média de idade de 64-65 anos. Para avaliar a funcionalidade, utilizou-se a Medida de Independência Funcional(MIF) e foram determinados os efeitos “chão” e “teto”. A análise estatística incluiu o teste de normalidadede Kolmogorov-Smirnov, média e desvio-padrão, e o teste de Mann-Whitney. Resultados: Segundo o domínio motor da MIF, o item “controle de esfíncteres (fezes)” apresentou o maior número de indivíduos realizando de forma totalmente independente (88,4%) e o item “subir e descer escadas” foi o que obteve menor escore. Todos os itens do domínio cognitivo obtiveram médias superiores a 6,4 pontos. Foi encontrado elevado efeito teto para ambos os domínios, motor e cognitivo. Apenas a dimensão transferências diferiu significativamente entre os que faziam e os que não faziam fisioterapia (p = 0,01). Conclusão: De modo geral, não houve relação entre a independência funcional e a realização da fisioterapia. Entretanto,o elevado efeito teto pode ter interferido nos resultados, sugerindo limitação da MIF em discriminar osindivíduos avaliados.Downloads
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