Qualidade de vida das mães de crianças e adolescentes com paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-51502010000300006Resumo
Introdução: A dependência funcional da criança com paralisia cerebral (PC) parece ocasionar uma sobrecarga física e emocional em seus familiares. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida das mães de crianças e adolescentes com PC atendidas nas clínicas de fisioterapia da rede privada de Caruaru, PE, e identificar possíveis variações de acordo com o grau de comprometimento motor e com a idade das crianças e adolescentes. Metodologia: Participaram desse estudo 31 mães de crianças e adolescentes com PC, que responderam ao questionário WHOQOL-Bref. Em seguida, os pesquisadores avaliaram o nível de função motora grossa das crianças por meio do teste Gross Motor Function Classification System (GMFCS). Resultados: Na análise descritiva dos dados, verificou-se que a maior parte da amostra apresentou comprometimento motor grave e idade entre 2-5 anos. Ao relacionar o grau de comprometimento motor com os domínios do questionário, observou-se que 60% das mães de crianças com comprometimento leve apresentavam uma percepção negativa do domínio físico. Quando o prejuízo motor foi moderado, a percepção da qualidade de vida materna no domínio meio ambiente foi negativa em 55,5% da amostra. E nas mães de crianças com comprometimento motor grave, observamos uma percepção positiva nos domínios físico (58,8%) e psicológico (76,3%), e negativa nos domínios de relações sociais e de meio ambiente (52,6%). Conclusão: A percepção da qualidade de vida de mães de crianças e adolescentes com PC na cidade de Caruaru encontra-se prejudicada, principalmente quando relacionada aos aspectos que compõem o domínio meio ambiente e das relações sociais.Downloads
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