PROGRAMA DOMICILIAR DE FORTALECIMENTO MUSCULAR EM ADOLESCENTES COM DIPLEGIA ESPÁSTICA: um relato de três casos
Resumo
INTRODUÇÃO: Evidências demonstram que o fortalecimento muscular pode promover ganhos funcionais para indivíduos com paralisia cerebral (PC). No entanto, ainda não se observa com frequência a utilização clínica dessa intervenção. Esse distanciamento entre as evidências científicas e a prática clínica pode ser prejudicial ao desenvolvimento profissional. OBJETIVO: descrever a implementação de um programa domiciliar de treinamento resistido progressivo e seus efeitos na força muscular, desempenho na marcha e subida e descida de escadas, função motora grossa e participação em atividades escolares de três adolescentes de com diplegia espástica. METODOLOGIA: Foram realizados exercícios resistidos domiciliares de levantamento na ponta dos pés, miniagachamentos, subida/descida no step e sentar-se e levantar de uma cadeira, por oito semanas, três vezes por semana, como progressão de carga a cada duas semanas. A primeira semana consistiu de treinamento em ambiente clínico. Foram avaliadas a força muscular, parâmetros de marcha, a função motora grossa e a participação escolar antes e depois da intervenção, e foram realizados cálculos de porcentagem de mudança de desempenho para cada adolescente. RESULTADOS: foram observadas boa adesão e boa progressão de carga, com ganhos em medidas de força muscular, velocidade de marcha confortável e rápida, tempo de subida e descida de escada. Aumentos em escores do Gross Motor Function Measure e School Function Assessment também foram observados. CONCLUSÃO: este relato de casos documenta efeitos positivos de um programa de fortalecimento domiciliar em três adolescentes com diplegia espástica. A inserção de exercícios de fortalecimento na rotina diária de adolescentes com PC pode ser uma alternativa viável para a promoção funcional.Downloads
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