PARALISIA CEREBRAL: desempenho funcional após treinamento da marcha em esteira

Autores

  • Michely Salvador Silva
  • Sandra Mara Beltrami Daltrário

Resumo

As limitações neuromotoras e sensoriais impostas pela paralisia cerebral levam à instalação de padrões anormais de postura e movimento. No caso da diplegia, os componentes de movimento envolvidos na marcha estão comprometidos, levando a um atraso na aquisição da habilidade de deambulação e à dependência funcional. O objetivo do estudo foi verificar o desempenho funcional em relação à mobilidade, utilizando o Inventário Pediátrico de Avaliação de Disfunção (PEDI – versão Brasileira), de um adolescente de 13 anos, com paralisia cerebral tipo diplégica espástica, após treino de marcha em esteira elétrica com suspensão parcial de peso corporal. O treino foi realizado quatro vezes por semana, durante cinco semanas, totalizando vinte sessões, na Universidade Federal de São Carlos, no Departamento de Fisioterapia da Unidade Saúde-Escola. A entrevista para aplicação do PEDI foi realizada com o responsável pelo participante, antes do início da primeira sessão e após o término da última sessão. A análise dos resultados mostrou aumento significativo do desempenho funcional do participante, após o treinamento, nos itens referentes à mobilidade, nas áreas de Habilidades Funcionais e Assistência do Cuidador. Os resultados sugerem que o treino em esteira com suspensão parcial de peso foi uma técnica de intervenção eficaz para a melhora do desempenho funcional do participante. Verificou-se transferência do aprendizado na esteira para a rotina diária, com obtenção de ganhos motores nas tarefas cotidianas, levando à maior independência funcional e autonomia, necessárias à sua inclusão.

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Publicado

2017-09-01

Edição

Seção

Artigo Original