Jornalismo literário, humanização e polifonia: perfis da música erudita em piauí

Autores

  • Mateus Yuri Passos

DOI:

https://doi.org/10.7213/comunicao.15.036.ao05

Palavras-chave:

Comunicação, Jornalismo literário, Humanização, Música erudita, Polifonia

Resumo


Reportagens sobre música clássica, ou erudita, tendem a ser reverentes, laudatórias – principalmente por conta do pedestal cultural em que é comumente colocada, que provém parcialmentede uma postura hegemônica da cultura europeia, a qual resulta também num rebaixamento de outras manifestações culturais. Assim, é interessante quando surgem narrativas jornalísticas que se propõem a desafiar essa visão e, por meio de procedimentos diversos, aproximar o público em geral da música erudita. Este artigo discute a abordagem do tema em três reportagens narrativas publicadas em piauí: “Pérolas aos poucos”, “Criador e criatura” e “Fantasia para piano”. A partir dos conceitos de dialogismo, polifonia e discurso não-oficial de Mikhail Bakthin, parte-se da hipótese de que o jornalismo literário, ao buscar vozes e pontos de vista diferenciados, deve apresentar uma visão não-hegemônica acerca dos temas de que trata. Identifica-se essa prática nas referidas reportagens, nas quais política e ideologia do cotidiano somam-se ao cenário da música erudita, de modo a se traçar um perfil humanizado, ou não-estereotipado, dos personagens retratados.

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Publicado

2014-11-17

Como Citar

Passos, M. Y. (2014). Jornalismo literário, humanização e polifonia: perfis da música erudita em piauí. Revista De Estudos Da Comunicação, 15(36). https://doi.org/10.7213/comunicao.15.036.ao05

Edição

Seção

Artigos