A perspectiva do mandato cultural e o papel do sujeito ecológico na interface entre cosmovisão cristã e Direito
DOI:
https://doi.org/10.7213/cd.a11n19p184-197Palavras-chave:
Mandato cultural, Ecologia, Desenvolvimento sustentável, Políticas ambientais, Voz proféticaResumo
O artigo visa apresentar a inter-relação possível entre o mandato cultural e o papel do sujeito ecológico. O mandato cultural é considerado um dos princípios fundamentais do sistema de crenças teísta. Ele objetiva que o ser humano atue como o seu promotor a partir da ótica da mordomia, visto que sua diretriz envolve uma ordem específica, a saber: a responsabilidade e o cuidado na preservação e conservação da criação. Neste sentido, busca-se responder a seguinte questão: se o ser humano compreende o mandato cultural como sua missão principal, por que é preciso legislar sobre sua responsabilidade com relação ao cuidado com a criação? Reconhece-se que a desordem e o caos produzidos ao meio ambiente podem ser considerados como uma distorção da missão confiada ao ser humano, por isso que ele se torna responsável direta e indiretamente por sua degradação, o que interfere no processo de preservação e conservação para as futuras gerações. Diante disso, a pesquisa parte de uma revisão bibliográfica de natureza descritiva por meio de aportes teóricos selecionados. A finalidade é contributiva, no sentido de constituir-se como mais um instrumento de alerta e conscientização. Afinal, a responsabilidade do sujeito ecológico, que envolve o olhar e o fazer diante do cuidado e do desenvolvimento sustentável, é sinal legítimo da voz profética a ser exercida.
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