Povos indígenas: territorialidades, economias e direitos, resistências e persistências

Autores

  • Lucia Helena Rangel

DOI:

https://doi.org/10.7213/cd.a10n16p90-99

Resumo

Este artigo tem por objetivo demonstrar que a distância entre o modo de ser próprio dos povos indígenas e as modalidades de ocupação da terra do sistema capitalista hegemônico tornou-se abismal. Enquanto esses povos reivindicam demarcações de terras, atendimento à saúde, escolas diferenciadas, respeito aos direitos constitucionais, aos direitos humanos e a um ambiente saudável e produtivo, as ações estatais agem no sentido de negar-lhes quaisquer reivindicações, incentivando invasões violentas de suas terras, privando-lhes de assistência, promulgando decretos, portarias e projetos de lei que desmancham os direitos constitucionais. Até os
chamados povos isolados, aqueles que por opção se recusam ao contato com a hegemonia branca, estão ameaçados. Se desde o período colonial até meados do século XX havia a possibilidade de estabelecimento de áreas de refúgio, onde as comunidades podiam reproduzir seus modos de ser e ocupar a terra, hoje isso não é mais possível. O modo de vida indígena está, como um todo, ameaçado, do mesmo modo que estão ameaçadas todas as formas de vida em nossa casa comum.

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Publicado

30-06-2022

Como Citar

Rangel, L. H. (2022). Povos indígenas: territorialidades, economias e direitos, resistências e persistências. Caminhos De Diálogo, 10(16), 90–99. https://doi.org/10.7213/cd.a10n16p90-99