Blocos afro de carnaval em Belo Horizonte: da segregação racial ao fazer-cidade

Autores

  • Luis Fernando Silva Andrade Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Ana Flavia Rezende Universidade Federal de Ouro Preto
  • Luiz Alex Silva Saraiva Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender de que forma o Kandandu, enquanto expressão do direito dos negros à cidade, se consolidou como marco do Carnaval de Belo Horizonte e como um lugar de valorização e inclusão da negritude. O Kandandu é o evento que agrega os blocos afro de carnaval de Belo Horizonte e abre as festividades de carnaval da cidade. Ao desenvolver a pesquisa, realizamos uma contextualização da capital mineira, destacando os aspectos de segregação socioespacial que remontam a sua origem, assim como trazemos um arcabouço teórico que contempla dimensões de espaço, segregação, cultura e política. Recorremos à etnografia, entrevistas e à pesquisa documental para compreender o processo de constituição do Kandandu, a partir de dois blocos afro, Angola Janga e Magia Negra. Os resultados indicam que o carnaval, especificamente a atuação dos blocos afro de Belo Horizonte, para além de suas dimensões lúdica e do espetáculo, se norteia pela luta em torno da valorização dos negros e da ocupação da cidade, em especial a região central, por comunidades e grupos historicamente excluídos, em processos de fazer cultura e de fazer cidade exemplificados pelo Kandandu.

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Publicado

2024-12-05

Como Citar

Andrade, L. F. S., Rezende, A. F., & Saraiva, L. A. S. (2024). Blocos afro de carnaval em Belo Horizonte: da segregação racial ao fazer-cidade. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 16. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/31938

Edição

Seção

Seção especial