Avaliação do perfil socioeconômico da população de baixa renda do Brasil: uma crítica às classificações correntes
Résumé
Os contrastes e as desigualdades de renda e oportunidades da população brasileira que compõe a base da pirâmide socioeconômica tornam relevante o aprofundamento de estudos sobre os limites da pobreza para uma melhor gestão urbana. Neste artigo, utilizam-se dados do Cadastro Único e informações coletadas em pesquisa de campo para verificar se as definições dos principais programas sociais acolhem a população pobre em sua totalidade. Por meio de análise de correlação, proposições são testadas utilizando algumas variáveis de interesse para a definição de pobreza e a renda. Os resultados mostram que, mesmo usando uma linha de extrema pobreza unidimensional (renda), os parâmetros adotados pelas políticas públicas vigentes não alcançam toda a base da pirâmide. A literatura e as análises dos resultados sugerem a importância de revisar a metodologia de classificação socioeconômica, sobretudo das famílias de baixa renda que estão na linha da pobreza. As proposições indicaram que os programas sociais se correlacionam negativamente à renda, enquanto o trabalho formal, a escolaridade e a infraestrutura apresentam correlação positiva com a renda. Os resultados podem orientar o planejamento urbano através de políticas públicas que promovam a equidade entre aqueles que mais dependem dos programas sociais.
Téléchargements
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Gestão Urbana 2023
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Todos os artigos são publicados online e em acesso aberto, sob licença Creative Commons Atribuição (by). A revista urbe permite o acesso, arquivamento e divulgação irrestritos da versão final publicada do artigo, e não autoriza o arquivamento e divulgação das demais versões anteriores à sua publicação.