Acessibilidade e mobilidade nos processos de reassentamento involuntário de famílias em Belo Horizonte
o caso do Aglomerado da Serra
Résumé
Os processos de remoção de casas e de reassentamento de famílias, gerados no marco de políticas públicas de desenvolvimento urbano, implicam diversos processos de mobilidades das famílias, em diferentes escalas espaço-temporais. O objetivo deste artigo é identificar as práticas e experiências de deslocamento enfrentadas pelas famílias que participaram do Programa Vila Viva, implementado pela Prefeitura de Belo Horizonte, no Aglomerado da Serra em Minas Gerais, Brasil. A partir da análise espacial dos conjuntos habitacionais construídos pelo programa e de entrevistas qualitativas semiestruturadas com famílias moradoras do Aglomerado, identificamos transformações significativas nas práticas de mobilidade na vida cotidiana dessas famílias, tanto na sua inserção no âmbito do acesso aos espaços urbanos da cidade, como da vizinhança e dos espaços mais próximos da moradia. Também distinguimos padrões de mobilidades diferentes, associados tanto aos arranjos familiares e à localização da área de reassentamento, quanto ao gênero, à idade, aos recursos econômicos e à situação de saúde dos sujeitos móveis.
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(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Gestão Urbana 2022
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