Os espaços representacionais das ocupações urbanas na intersecção entre as lutas macro e micropolíticas
Résumé
objetivo deste texto é analisar dados qualitativos dos espaços representacionais das Ocupações Urbanas (OUs) Carolina Maria de Jesus e Nova Canudos, realizadas no primeiro semestre de 2021 pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto na periferia do município de São Paulo. O conceito de “espaços representacionais” é parte da teoria da produção do espaço de Henri Lefebvre (1991), na qual o autor o articula com os conceitos de “práticas espaciais” e “representações do espaço”. Neste texto, utilizou-se de métodos de análise de dados qualitativos (obtidos em texto de Guilherme Boulos e vídeos sobre as OUs analisadas) para demonstrar os atributos sociopolíticos dos espaços representacionais daquelas OUs. Esses espaços representacionais expressam as lutas macro e micropolíticas cujas características foram sistematizadas e sintetizadas em um quadro fundamentado em categorias elaboradas por Suely Rolnik (2018) como parte de sua teoria das insurgências macro e micropolíticas. Do ponto de vista das lutas macropolíticas, denunciam as desigualdades e injustiças sociais e reivindicam direitos coletivos. Do ponto de vista das lutas micropolíticas, constituem-se como atos políticos que anunciam modos de bem viver, conviver e morar em bases solidárias.
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(c) Tous droits réservés Revista Brasileira de Gestão Urbana 2022
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