Mobilidade e qualidade espacial urbana no entorno de terminais do sistema BRT de Curitiba: desenho urbano e condições socioambientais
Mots-clés :
Desenho urbano. Qualidade espacial urbana. Mobilidade e uso do solo. Espaço entorno terminais BRT. Curitiba.Résumé
O presente artigo propõe uma reflexão a respeito das características de espaços urbanos situados nas proximidades de sistema de transporte, partindo do pressuposto de que um projeto de Desenho Urbano não atinge completamente seu objetivo sem uma avaliação da obra realizada. É necessário saber como aquele espaço projetado se apresenta após determinado tempo de uso e assimilação pela sociedade, considerando estes locais como itens definidos por projeto e regidos por legislação urbanística. Assim, o artigo relata o início de uma pesquisa que busca, inicialmente, entender as características morfológicas, funcionais e socioambientais do entorno de terminais centrais do sistema BRT de Curitiba – uma proposta curitibana reproduzida mundialmente. No estudo são focalizadas quadras, lotes, atividades e equipamentos existentes nas proximidades de alguns terminais. Nessa etapa preliminar foi testada uma metodologia baseada em sistema de pontuação derivado de seis categorias de análise definidas por características diversas aplicadas aos dados coletados em campo e provenientes de fontes secundárias. Os resultados apontam aspectos que sinalizam possibilidades de maior adensamento, diversidade de usos, serviços, equipamentos na perspectiva de consolidação de centralidades vinculadas ao Sistema BRT; evidenciam condições socioambientais como itens secundários, confirmando terminais centrais como concentradores das funções urbanas de uso
cotidiano.
Téléchargements
Références
Allain, R. (2004). Morphologie urbaine. Paris: Armand Colin.
Allaire, J. (2006). Choisir son mode de ville: formes urbaines
et transports dans les villes émergentes. Les Cahiers
de global chance, (21), 66-70.
Amado, M. P. (2009). Planeamento urbano sustentável.
(2ª ed.). Portugal: Caleidoscópio.
Arrais, T. A. (2005). Mobilidade e centralidade. In A.
MOYSÉS (Eds.), Cidade, segregação e planejamento (p.
-355). Goiânia: Editora da UCG.
Ascher, F. (2010). Les nouveaux principes de l’urbanisme.
Paris: de l’Aube.
Bispo Neto. (2013). Sistema de transporte de Curitiba
tem 401 articulados e biarticulados Volvo. Jornal Paraná
online, 19, 1. Recuperado em 08 de fevereiro de 2015, de
http://www.parana-online.com.br.
Brasil (2012, 04 de janeiro). Lei n. 12.587, de 03 de janeiro
de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional
de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos-
Leis nos 3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13
de abril de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio
de 1943, e das Leis nos 5.917, de 10 de setembro de 1973,
e 6.261, de 14 de novembro de 1975; e dá outras providências.
Brasília: Diário Oficial da União, seção 1.
Brasil (2015, 13 de janeiro). Lei n. 13.089, de 12 de janeiro
de 2015. Institui o Estatuto da Metrópole, altera
a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e dá outras
providências. Brasília: Diário Oficial da União, seção 1.
Campos, R. F. (2005). Análise da influência da orientação
da testada dos lotes na ocupação do setor estrutural
de Curitiba. (Dissertação de mestrado). Construção
Civil, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Campos, V. B. G, Ramos, R.A. (2005). Proposta de indicadores
de mobilidade urbana sustentável relacionando
transporte e uso do solo. In Anais do 1º Congresso
Luso Brasileiro para o Planejamento Urbano Regional
Integrado Sustentável (p. 1-12). São C arlos: PLURIS.
Cara, L. F. P. (2014). Relatório Final de Iniciação
Científica. Curitiba: UFPR.
Cassirer, E. (2011). A filosofia das formas simbólicas.
(Terceira Parte). São Paulo: Martins Fontes.
Chatfield, C., & Collins, A. J. (1992). Introduction to
multivariate analysis. Cambrige: University Press.
Choay, F. (2006). Pour une anthropologie de l’espace.
(1.ed.). Paris: du Seuil.
Comec (2006). Plano de desenvolvimento da Região
Metropolitana de Curitiba: propostas de ordenamento territorial
e novo arranjo institucional. Curitiba: Coordenação da
Região Metropolitana de Curitiba.
Costa, A. P. S. (2007). O estudo da forma urbana no Brasil.
Arquitextos, 87(5). Recuperado em 20 de setembro de
, de http://www.vitruvius.com.br.
Curitiba (2008, 24 de março). Lei n. 12.597, de 24 de março
de 2008. Dispõe sobre a organização do sistema de
transporte coletivo da cidade de Curitiba, autoriza o poder
público a delegar a sua execução, e dá outras providências.
Curitiba: Diário Oficial do Município de Curitiba, seção 1.
Curitiba (2004, 16 de dezembro). Lei n. 11.266, de 16 de
dezembro de 2004. Dispõe sobre a adequação do Plano
Diretor de Curitiba ao Estatuto da Cidade - Lei Federal
nº 10.257/01, para orientação e controle do desenvolvimento
integrado do Município. Curitiba: Diário Oficial do
Município de Curitiba, seção 1.
Curitiba (2000, 3 de janeiro). Lei n. 9.800, de 3 de
janeiro de 2000. Dispõe sobre o zoneamento, uso e
ocupação do solo no município de Curitiba, revoga
as leis n.4.199/72, 5.234/75, 5.263/75, 5.490/76,
204/81, 6.769/85, 7.068/87 e 7.622/91, e dá
outras providências. Curitiba: Diário Oficial do
Município de C uritiba, seção 1.
Daniels, R. & Mulley, C. (2011) Explaining walking distance
to public transport: the dominance of public transport
supply. In Anais de World Symposium Transport
Land Use Research 2011, (s. p.) Whistler (Canada):
WSTLUR. Recuperado em 20 de janeiro de 2015, de
http://sydney.edu.au/business/__data/assets/pdf_file/
/106501/Daniels-Mulley-Explaining.pdf.
Demo, P. (1995). Metodologia científica em Ciências
Sociais. São Paulo: Atlas.
Dresch, A., Lacerda, D. P., & Antunes Jr., J. A. (2015). Design
Science Research. A method for Science and Technology
Advancement. New York: Springer.
Flick, U. (2009). Qualidade na pesquisa qualitativa. Porto
Alegre: Artmed.
Freyman, M. (2012). An Exploration of Sustainability
and its Application to Corporate Reporting. Cambridge:
Harvard University.
Frugoli Junior, H. (2000). Centralidade em São Paulo. São
Paulo: Cortez; Edusp.
Hertzberger, H. (1999). Lições de Arquitetura. São Paulo:
Martins Fontes.
Ibge (1996). Contagem populacional. Rio de Janeiro:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Kates, R. W., Parris, T. M., & Leiserowitz, A. (2005).
What’s Sustainable Development. Environment: Science
and Policy for Sustainable Development, 47(3), 8-21.
Kenworthy, J., & Laube, F. B. (1999). Patterns of automobile
dependence in cities: an international overview of
key physical and economic dimensions with some implications
for urban policy. Transportation Research,
(A), 691-723.
Kohlsdorf, M. E. (1996). A apreensão da forma da cidade.
Brasília: UnB.
Lamas, J. R. G. (2000). Morfologia urbana e desenho da
cidade. Lisboa: Calouste Gulbenkian.
Lima, C. de A. (2015). Configuração urbana e o sistema
BRT de Curitiba – Brasil. In Anais do VII Seminário
Internacional de Investigação em Urbanismo (s. p.).
Barcelona: VIISIIU.
Lima, C. de A. (2010). Ignis mutat res: cidade, mobilidade,
energia e governança. (Projeto de pesquisa aprovado pelo
Departamento Arquitetura e Urbanismo). Curitiba: UFPR.
Lima, C. de A. (2000). A ocupação urbana em área de mananciais:
do planejamento à gestão ambiental urbana-
-metropolitana. (Tese de doutorado). Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Lynch, K. (1997). A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes.
Marconi, M. A. & Lakatos, E. M. (2004). Metodologia científica.
São Paulo: Atlas.
Mascaró, L. R. (1996). Adensamento e ambiência urbana na
cidade de Porto Alegre. In Anais do Núcleo de Pesquisa em
Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo de 1996: Seminário
Internacional (p. 427-441). São Paulo: NUTAU'96.
Mongin, O. (2013). La ville des flux. Paris: Fayard.
Neuman, M. (2014). The compact city fallacy. Recuperado em
de abril de 2016, de http://understandtheplan.info/wp-
-content/uploads/2014/08/The-Compact-City-Fallacy.pdf.
Nilsson, K., Nielsen, T. S., Albers, C., Bell, S., & Boitier, B.
(2014). The European Journal of Spatial Development.
Recuperado em 24 de abril de 2016, de http://www.nordregio.
se/ Global/EJSD/Research briefings/article4.pdf.
Nobre, E. (2011). Desenho Urbano. Por Uma Definição.
São Paulo: FAU-USP. Recuperado em 01 de fevereiro de
, de http://www.fau.usp.br/docentes/depprojeto
/e_nobre/AUP573/aula1.pdf.
Palomo, P. S. (2005). La planificación verde en las ciudades.
Barcelona: Gustavo Gili.
Prefeitura Municipal de Curitiba (2016). Biocidade.
Recuperado em 24 de abril de 2016, de http://www.
biocidade.curitiba.pr.gov.br/biocity/33.html.
Pouyanne, G. (2004). Urban form and daily mobility:
methodological aspects and empirics study. European
Transport Trasporti Europei, 44(2010), 76-95.
Prevedello, A. A. (2014). Diretrizes de Uso e Ocupação
do Solo. Estudo de Caso da Linha Verde de Curitiba -
Paraná. (Dissertação de mestrado). Construção Civil,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Rafaeli, L., & Müller, C. J. (2007). Estruturação de
um índice consolidado de desempenho utilizando o
AHP. Gestão & Produção, 14(2), 363-377. doi: dx.doi.
org/10.1590/S0104-530X2007000200013
Robson, C. (2011). Real world research. Cornwall
(Reino Unido): Wiley.
Romero, M. A. B. (2001). Arquitetura bioclimática do
espaço público. Brasília: UnB.
Santos, R. F. (2004). Planejamento ambiental: teoria e
prática. São Paulo: Oficina de Textos.
Silveira, L. S. da C. (2012). Determinaçã o de Índice da
situaçã o do transporte (Tese de doutorado). Faculdade
de Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília.
Recuperado em 20 de setembro de 2016, de http://www.
transportes.unb.br/downloads/teses/002A-2012.pdf
Tucci, C. E. M., & Bertoni, C. (org.) (2003). Inundações urbanas
na América do Sul. Porto Alegre: Edição dos Autores.
Vallejo, M. H., & Farrerons, J. M. (2002). El soporte infrastructural
de la ciudad. Barcelona: Edicions UPC.
Vargas, L. G. (1990). An Overview of the Analytic
Hierarchy Process and its Applica- tions. European
Journal of Operational Research, 48, 2-8.
Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos.
(3a. ed.). Porto Alegre: Bookman.