A URBANIZAÇÃO MOÇAMBICANA CONTEMPORÂNEA: SUA CARACTERÍSTICA, DIMENSÃO E DESAFIO

Autores/as

  • Joaquim Miranda Maloa Universidade Católica de Moçambique (UCM – Lichinga), Instituto de Formação em Administração Pública e Autarquica de Lichinga (IFAPA – Licinga), Instituto de Formação em Administração Pública e Autarquica de Lichinga (IFAPA – Licinga), Membro do Comité Científico do curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural da Universidade Lúrio (UNLÚRIO – Niassa), Centro de Pesquisa e Promoção Social (CPS – Lichinga)

Palabras clave:

Urbanização moçambicana. Dualidade urbana. Ruralidade no urbano. Informalidade.

Resumen

Na perspectiva de uma geografia urbana, este artigo trata da urbanização moçambicana contemporânea. Objetiva-se primeiro, apresentar algumas características dominantes dessa urbanização, em seguida, esboçar a sua dimensão e, por último, expor os principais desafios que a urbanização contemporânea em questão tem para instituir, constituir e conservar o desenvolvimento urbano num país marcadamente pobre e subdesenvolvido. O trabalho de campo e a documentação consultada permite inferir que a urbanização contemporânea se manifesta cada vez mais como extensiva. A marcha dessa extensividade é realizada pela valorização atual das áreas periféricas. A população mais pobre migra para locais bem distantes do centro. Concomitantemente aumentam os problemas de mobilidade urbana, de falta de serviços e infraestruturas urbanas. Ressalta-se que as características mais dominantes são, nomeadamente, as seguintes: a dualidade urbana, a ruralidade no urbano, a informalidade e o crescimento demográfico urbano. Para que esta realidade seja solapada no Moçambique urbano terão que ocorrer muitas transformações que serão realizadas ao longo do tempo e à medida que se vão criando as capacidades humanas, sociais, políticas, institucionais, tecnológicas e econômicas para a resolução dos problemas urbanos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Joaquim Miranda Maloa, Universidade Católica de Moçambique (UCM – Lichinga), Instituto de Formação em Administração Pública e Autarquica de Lichinga (IFAPA – Licinga), Instituto de Formação em Administração Pública e Autarquica de Lichinga (IFAPA – Licinga), Membro do Comité Científico do curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural da Universidade Lúrio (UNLÚRIO – Niassa), Centro de Pesquisa e Promoção Social (CPS – Lichinga)

Professor contratado da Universidade Católica de Moçambique (UCM – Lichinga) e efetivo do Instituto de Formação em Administração Pública e Autarquica de Lichinga (IFAPA – Licinga),  Membro do Comité Científico do curso de Mestrado em Desenvolvimento Rural da Universidade Lúrio (UNLÚRIO – Niassa), Pesquisador Senior do Centro de Pesquisa e Promoção Social (CPS – Lichinga), Pesquisador Associada do Centro de Análise de Políticas da Universidade Eduardo Mondlane (CAP – UEM) e Pesquisador Associado do Centro de Pesquisa em População e Saúde (CEPSA - Maputo). Pós – Doutor pela Universidade de São Paulo (USP), Doutor em Geografia Humana e Mestre em Sociologia pela mesma Universidade; Licenciado em Sociologia e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM –Moçambique).

 

Citas

Andreatta, V., & Magalhaes, S. (2011). Relatório sobre as condiçoes do planejamento urbano, Habitação e Infraestruturas em Maputo. Moçambique. International Grawth Center.

Araújo, M. (1999). Cidade de Maputo espaços contrastantes: do urbano ao rural. Finisterra XXIV, 67-68, p.175-190.

______. (2001). Ruralidades-urbanidades em Moçambique. Conceito ou preconceito? Revista da Faculdade de Letras-Geografia. I Série. Vol XVI-XVIII, Porto, p.5-11. Recuperado em 10 de março de 2012, de http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/293.pdf.

______. (2003). Os espaços urbanos em Moçambique. GEOUSP – Espaço e Tempo, nº14, p. 165-182.

Baia, A. (2004). Ruralidades na cidade de Nampula: exercício teórico por uma crítica da cidade. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo.

______. (2009) Os conteúdos da urbanização em Moçambique: considerações a partir da expansão da cidade de Nampula. Tese (Doutorado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo.

Carvalho, A. P. (2015). Acelerar o crescimento econômico e a criação de emprego, melhorar a educação e saúde para conquistar o dividendo demográfico em Moçambique. Maputo: Publifix Edições.

Carrilho, J., & Lage, L. (2009). Desafios no domínio da habitação. In: BRITO, L., et al. Desafio para Moçambique 2010. Maputo: IESE, p.319-322.

Castelo, C. (2007). Passagem para África: o povoamento de Angola e Moçambique com naturais de Metrópole (1920-1974). Porto: Edições Afrontamento, 2007.

Castelo, C; Thomaz, O; Nascimento, S; Cruz e Silva, T. (2012). Os outros da colonização: ensaio sobre o conialismo tardio: Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.

Cau, B., & Arnaldo, C. (2015). Estimular a redução da fecundidade para conquistar o dividendo demográfico em Moçambique. Maputo: Publifix Edições.

Costa, A. B.(2011). Família de Maputo: processos de mobilidade e transformações urbanas. Revista Internacional em Língua Portuguesa – RILP, 3ª Serie, n°23, p.177-192.

Desenvolvimento Municipal em Moçambique. (2009). Lições da primeira década. Maputo: ANAMM.

Fanon, F. (2005). Os condenados da terra. Juiz de Fora: UFJF.

Folio, F. (2007). Les condominios à Maputo: enjeux sociétaux et spatiaux autour de l'implantation des ensembles résidentiels sécurisés dans la capitale mozambicaine, Annales de géographie 2007/3 (n° 655), p. 247-270.

Fonte, M. (2007). Urbanismo e arquitetura em Angola – Norton de Matos à revolução. Tese. (Doutorado em Planejamento Urbanístico) – Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa.

Forjaz, J., Carrilho, J; Laje, L ; Mazembe, A; Nhachungue, E; Battino, L; Costa . M; Cani, A; Trindade, C (2006). Moçambique, melhoramento dos assentamentos informais, análise da situação & proposta de estratégias de intervenção. Maputo: Direção Nacional de Planejamento e Ordenamento Territorial.

Ibraimo, M. (1994). Crescimento da população urbana e problema da urbanização da cidade de Maputo. Documento 11 – Série População e Desenvolvimento, Unidade da População. Direção Nacional de Estatística, Maputo.

Instituto Nacional de Estatística. (2004). Inquérito nacional aos agregados familiares sobre orçamento familiar 2002/03. Quadros definitivos. Maputo: Instituto Nacional de Estatística.

Jenkis, P. (2001). Mercados de terras urbanas no Moçambique pós-socialismo Seu impacto sobre a população vulnerável: alternativas para melhorar o acesso à terra e o processo de desenvolvimento urbano Projecto de pesquisa-acção nas áreas peri-urbanas de Maputo. Centro de Estudos de Desenvlovimento do Habitat da Universidade Eduardo Mondlane: Maputo.

Mahumane, P. A. (2007). Somos uma identidade própria. Precorrendo as trilhas múltiplas identificações no contexto urbano do bairro Luís Cabral em Maputo. Dissertação de Mestrado em Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia. Salvador.

Maloa, J. (2016). A urbanização moçambicana: uma proposta de interpretação. Tese. 373p. Tese. (Doutorado em Geografia Humana) — Universidade de São Paulo. São Paulo.

Mapengo, M. (2011). Migração rural-urbana e crescimento populacional da cidade de Maputo. Maputo: Publifix, Lda.

Marchand, J. (1995). Économie et société dans la transition libérale au Mozambique. Paris: Karthala.

Mendes, M. C. (1979). Maputo: antes da independência: geografia de uma cidade colonial. . Tese. (Doutorado em Geografia Urbana) — Universidade de Lisboa.

Mendes, R., & Fernandes, M. (2012). Dicotomias urbanas em Moçambique: cidades de cimento e de caniço.2012 [s.l..s.n]. Recuperado em 2 de janeiro de 2013, de sigarra.up.pt/flup/en/publs_pesquisa.

Morais, J. (2001). Maputo, patrimônio da estrutura e forma urbana: tipologia do lugar. Lisboa: Livro Horizonte.

Moriconi-Ebrard, F., Harre, D., & Heinrigs, P.(2015). L’urbanisation des pays de l’Afrique del’Ouest 1950-2010. Cahiers de l’Afrique de l’Ouest, Éditions OCDE. Paris: Africapolis I, mise à jour 2015. http://dx.doi.org/10.1787/9789264252257-fr.

Mosca, J. (2009). Pobreza, “informalidade” e desenvolvimento. II conferência do Instituto de Estudos Sociais e Econômicos (IESE) - “Dinâmica da pobreza e padrões de acumulação econômica em Moçambique. Maputo, entre os dias 22 e 23 de abril de 2009. Recuperado em 2 de fevereiro de 2015, de http://www.iese.ac.mz/lib/publication/II_conf/CP34_2009_Mosca.pdf.

Nguenha, E.(2009). Reflexões sobre processo público-privado no financiamento de Governos locais. Informação sobre Desenvolvimento, Instituições e Análise Social. IESE - Instituto de Estudos Sociais e Económicos. Boletim nº18. Maputo, 24 de Agosto de 2009.

Oppenheimer, J., & Raposo, I. (2007). Entre os constrangimentos estruturais e a margem de manobra dos citadinos africanos: reflexões conceptuais e metodológicas. In: Oppenheimer, Jochen; Raposo, Isabel. Subúrbios de Luanda e Maputo. Lisboa: Colibri e Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (Coleção tempo e espaços africanos). p.23-36.

Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP).(2007). National human development report 2006, Mozambique: acting now, planning for the future. The impact of HIV & AIDS on human development. Maputo: Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas.

Raposo, I., & Salvador, C. (2007). Há diferença: ali é cidade, aqui é subúrbio: urbanidade dos bairros, tipos e estratégias de habitação em Luanda e Maputo. In: Oppenheimer, Jochen; Raposo, Isabel. Subúrbios de Luanda e Maputo. Lisboa: Colibri e Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento (Coleção tempo e espaços africanos). p.105-138.

Raposo, I.(2010). Explosão urbana em África. Janusoline. 2010, p.184-185. Recuperado em 27 de outubro de 2017, de https://www.janusonline.pt/arquivo/popups2010/2010_3_5_3.pdf.

Serra, C. (2003). Em cima de uma lamina: um estudo sobre precaridade social em três cidades de Moçambique. Maputo: Imprensa Universitária – Universidade Eduardo Mondlane.

Silva, A. (2011). Dinâmica socioespacial e produção habitacional na periferia de Maputo-Moçambique a partir da década de 1970: destaque para bairros Polana Caniço “A” E “B”. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina.

United Nations. (2007). World Population Prospects. The 2006 Revision. Vol. 1, Comprehensive Tables, United Nations.

United Nations – Habitat (UN-HABITAT). (2007). Perfil do sector urbano em Moçambique. Nairob: UN-HABITAT.

Viana, D. (2010). Maputo: entre a cidade compacta, difusa e sem forma. IPEA, ano 7, edições 63.

______. (2012).A urbanização extensiva [in] formal em Maputo a partir da retícula colonial. Atas do Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: história, memória e ciência. IICT-JBT. Jardim Botânico Tropical. Lisboa, 24-26 Outubro.

Cómo citar

Maloa, J. M. (2019). A URBANIZAÇÃO MOÇAMBICANA CONTEMPORÂNEA: SUA CARACTERÍSTICA, DIMENSÃO E DESAFIO. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado a partir de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/24667

Número

Sección

Artigos