Desafios do planejamento e desenvolvimento do turismo cultural em centros históricos tombados: o caso de Penedo-Alagoas

Autores/as

Palabras clave:

Turismo Cultural, Planejamento interpretativo, Educação Patrimonial, Programa de Revitalização do Patrimônio, Patrimônio Cultural

Resumen

Estudo de caso do planejamento e desenvolvimento do turismo cultural na cidade de Penedo, Estado de Alagoas, que foi tombada em 1995 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e contemplada com o Programa Monumenta (2002-2009) e o Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas (PAC-CH) em 2013, ambos com propostas de conservar e restaurar bens culturais imóveis, possibilitando novos usos e promovendo melhorias de infraestrutura, preservação do patrimônio cultural e desenvolvimento do turismo cultural. Como os recursos aplicados em Penedo não resultaram na dinamização do turismo e os programas não conjugaram recuperação e preservação do patrimônio cultural com desenvolvimento econômico, fez-se uma análise das políticas implementadas, com consulta a documentos da gestão pública, desde 2002, e entrevistas com gestores públicos para identificar entraves no processo de planejamento e gestão. Verificou-se que houve a redução do turismo cultural, a restauração e a conservação do patrimônio cultural, sem preocupações com um planejamento interpretativo em uma gestão conjunta e participativa, para a construção de um produto que pudesse atender às demandas de um turismo da economia da experiência. Dessa forma, identificou-se o desaproveitamento dos recursos investidos pelo PAC-CH e pelo Programa Monumenta no que se refere à promoção do centro histórico tombado como elemento potencial para dinamizar o desenvolvimento econômico, social e cultural da localidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Alagoas. Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo. (2017). Mapa do Turismo de Alagoas cresce 139% em comparação ao mesmo período do ano passado. Recuperado em 2 de janeiro de 2018, de

http://www.sedetur.al.gov.br/noticia/item/1915-mapa-do-turismo-de-alagoas-cresce-139-em-comparacao-aomesmo-periodo-do-ano-passado

Ballart Hernández, J. (2005). Patrimonio Cultural y Turismo Sostenible en el espacio Iberoamericano: retos y oportunidades del presente. Diálogos: Revista do Departamento de História e do Programa de Pós-graduação em História, 9(1), 11-25.

Beni, M. C. (2004). Turismo: da economia de serviços à economia da experiência. Turismo-Visão e Ação, 6(3), 295-306.

Brasil. Ministério do Turismo. (2006). Projeto Inventário da oferta Turística. Programa de Regionalização do Turismo. Recuperado em 8 de agosto de 2013, de http://www.inventario.turismo.gov.br/invtur/downloads/projInvtur/projInvtur.pdf

Brasil. Ministério do Turismo. (2007). Turismo cultural: diretrizes para o desenvolvimento (pp. 1-36). Recuperado em 01 de março de 2016, de http://nute.ufsc.br/bibliotecas/upload/diretrizesturismo_cultural.pdf

Brasil. Ministério do Planejamento. (2009). PAC: cidades históricas. Recuperado em 20 de maio de 2014, de http://www.pac.gov.br/cidade-melhor/pac-cidades-historicas

Brasil. Ministério do Turismo. Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico. Coordenação-Geral de Segmentação. (2010). Turismo Cultural: orientações básicas. Brasília: Ministério do Turismo.

Brasil. Ministério da Cultura. (2012). Programa Monumenta. Recuperado em 20 de maio de 2014, de http://www.monumenta.gov.br/site/?page_id=164

Brasil. Ministério do Turismo. (2014). Economia da experiência. Recuperado em 30 de março de 2014, de http://www.turismo.gov.br/turismo/programas_acoes/regionalizacao_turismo/economia_experiencia.html

Canclini, N. G. (1994). O patrimônio cultural e a Construção Imaginaria do Nacional. Revista de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 23, 95-115.

Castriota, L. B., Araujo, G. M., Cardoso, K., & Sousa, V. P. (2010). PAC Cidades Históricas: oportunidade para a conservação integrada? Locus: Revista de História, 16(2), 93-117.

Conselho Internacional de Monumentos e Sítios Históricos – ICOMOS. (1999). Carta internacional sobre turismo cultural. Recuperado em 15 de março de 2016, de http://www.icomos.org/charters/tourism_sp.pdf

Craik, J. (1997). The culture of tourism. In C. Rojek, & J. Urry (Eds.), Touring cultures, transformations of travel and theory (pp. 114-136). New York: Routledge.

Cruz, R. (2005). Políticas Públicas de Turismo no Brasil: território usado, território negligenciado. Revista Geosul, 20(40), 27-45.

Choay, F. (2001). A alegoria do Patrimônio. São Paulo: Unesp.

Diégues, M. D., Jr. (2006). O Bangüê nas Alagoas: traços da influência do sistema econômico do engenho de açúcar na vida e na cultura regional. Maceio: Edufal.

Donaire Benito, J. A. (2012). Turismo cultural: entre la experiencia y el ritual. Girona: Ediciones Vitella.

Giddens, A. (2005). Pobreza, previdência social e exclusão social. In A. Giddens, Sociologia. Porto Alegre: Artmed.

Goodey, B. (2002a). Turismo cultural: novos viajantes, novas descobertas. In S. M. Murta, & C. Albano (Eds.), Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar (pp. 131-138). Belo Horizonte: UFMG.

Goodey, B. (2002b). Interpretação e comunidade local. In: S. M. Murta, & C. Albano (Eds.), Interpretar o Patrimônio: um exercício do olhar (pp. 47-58). Belo Horizonte: UFMG.

Hall, C. M. (2001). Planejamento turístico: políticas, processos e relacionamentos. São Paulo: Contexto.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. (2010). IBGE Cidades: Brasil/Alagoa/Penedo. Recuperado em 10 de abril de 2016, de https://cidades.ibge.gov.br/brasil/al/penedo/panorama

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. (2016, 29 de abril). Portaria nº 137, de 28 de abril de 2016. Estabelece diretrizes de educação patrimonial no âmbito do Iphan e das Casas do Patrimônio. Brasília: Diário Oficial da União, seção 1.

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. (2012). Situação social nos Estados: Alagoas. Brasília: IPEA.

Knupfer, M. E., & Assad, I. T. (Eds.). (2017). Plano de desenvolvimento estadual de Alagoas. Brasília: IABS.

Luchiari, M. T. D. P. (2005). A reinvenção do patrimônio arquitetônico no consumo das cidades. GEOUSP: Espaço e Tempo, 17, 95-105.

Mendoza Ontiveros, M. M., Umbral Martínez, M. E., & Arévalo Moreno, M. N. (2011). La interpretación del patrimonio, una herramienta para el profesional del turismo. El Periplo Sustentable, (20), 9-30. Recuperado em 5 de abril de 2018, de http://www.redalyc.org/pdf/1934/193417856002.pdf

Minayo, M. C. S. (1994). O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde (2. ed.). São Paulo: Hucitec/Abrasco.

Murta, S. M., & Goodey, B. (2002). Interpretação do patrimônio para visitantes: um quadro conceitual. In S. M. Murta, & C. Albano (Eds.), Interpretar o patrimônio: um exercício do olhar (pp. 13-46). Belo Horizonte: UFMG.

Organização Mundial do Turismo – OMT. (2001). Introdução ao turismo. São Paulo: Roca.

Penedo. Prefeitura Municipal. (2014). Plano de Diretrizes Estratégicas para o Turismo do Município de Penedo - Alagoas.

Penedo: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Industria, Comércio, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Pérez, X.P. (2009). Turismo cultural: uma visão antropológica. Tenerife: Aca y Pasos, RTPC.

Ramos, S. P. (2015). Apontamentos sobre a insustentabilidade de um Programa Político: o caso do Programa Monumenta em Penedo-AL. Revista Iberoamericana de Turismo, 5, 148-168. Recuperado em 15 de março de 2016, de http://www.seer.ufal.br/index.php/ritur/article/view/1697/1233

Rifkin, J. (2001). A era do acesso. São Paulo: Makron Books.

Sánchez, F. (1999). Buscando um lugar ao sol para as cidades: o papel das atuais políticas de promoção urbana. Revista Paranaense de Geografia, 4. Recuperado em 15 de março de 2016, de www.agbcuritiba.hpg.ig.com.br/Revistas/Rpg3/4fernanda.htm

Santana Talavera, A. (2003). Patrimonios culturales y turistas: unos leen lo que otros miran. Pasos. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 1(1), 1-13.

Silva, D. P. S. (2016). Arruando” vejo rio, homens, pedra & cal: a des-re-patrimonialização do sítio histórico tombado de Penedo-AL (Tese de doutorado). Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão.

Cómo citar

Ramos, S. P. (2019). Desafios do planejamento e desenvolvimento do turismo cultural em centros históricos tombados: o caso de Penedo-Alagoas. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado a partir de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/24573

Número

Sección

Artigos