Influência das transformações urbanas no conforto acústico: estudo-piloto da cidade universitária da UFRJ

Autores

  • Flávia Benevides Magioli
  • Julio Cesar Boscher Torres

Resumo

O objetivo deste trabalho é apresentar uma metodologia para análise da influência das transformações urbanas no conforto acústico de um espaço urbano. Esta avaliação é baseada em um estudo-piloto, utilizando como objeto de análise a Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na qual diversas transformações urbanas vêm ocorrendo ao longo dos anos, muitas destas definidas pelo Plano Diretor da UFRJ para o ano de 2020. A avaliação do impacto das transformações foi realizada através da comparação dos mapas de ruído produzidos pelas diversas configurações urbanas, principalmente as viárias e morfológicas das edificações. A validação dos mapas foi realizada através da medição dos níveis de pressão sonora nos pontos de interesse. Os mapas foram gerados utilizando dados de contagens veiculares e levantamento da tipologia física local. Os resultados da análise dos mapas, em função das transformações urbanas, permitiram constatar que os níveis de ruído na área estão acima dos recomendados legalmente e identificar as principais causas dessa elevação de ruído. Dessa forma, foi possível realizar uma análise crítica das transformações ao longo do tempo e da configuração espacial atual, para propor medidas mitigadoras da poluição sonora e obter um quadro de maior conforto acústico na Ilha do Fundão, sede da Cidade Universitária da UFRJ.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. (2000).

NBR 10151: acústica: avaliação do ruído em áreas habitadas

visando o conforto da comunidade: procedimento. Rio de

Janeiro: ABNT.

Bangjun, Z., Lili, S., & Guoqing, D. (2003). The influence of

the visibility of the source on the subjective annoyance due

to its noise. Applied Acoustics, 64(12), 1205-1215. http://

dx.doi.org/10.1016/S0003-682X(03)00074-4.

Bistafa, S. R. (2011). Acústica aplicada ao controle do ruído.

São Paulo: Blucher.

Brasil. (1998, 13 de fevereiro). Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro

de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,

e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União.

Recuperado em 24 agosto de 2016, de http://www.planalto.

gov.br/CCivil_03/leis/L9605.htm

Brasil. (2006). Perda auditiva induzida por ruído (PAIR).

Brasília: Editora do Ministério da Saúde.

Bucur, V. (2006). Urban forest acoustics. Champenoux: Springer.

Calixto, A. (2002). O ruído gerado pelo tráfego de veículos em

“rodovias-grandes avenidas” situadas dentro do perímetro

urbano de Curitiba: analisado sob parâmetros acústicos

objetivos e seu impacto ambiental (Dissertação de mestrado).

Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Carles, J. L., Barrio, I. L., & Lucio, J. V. (1999). Sound influence

on landscape values. Landscape and Urban Planning, 43(4),

-200. http://dx.doi.org/10.1016/S0169-2046(98)00112-1.

Costa, C. A., Garavelli, S. L., Silva, E. F. F., Melo, W. C., & Maroja, A.

M. (2013, out.). Barreiras acústicas como medida de mitigação

dos ruídos gerados pelo tráfego rodoviário: Setor Noroeste

– DF. In Anais do 19º Congresso Brasileiro de Transporte e

Trânsito. Brasília: ANTP.

Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. (2015). Campanha alerta

para um dos principais problemas ambientais do século XXI: o

ruído. Rio de Janeiro: FIOCRUZ. Recuperado em 17 setembro

, de https://portal.fiocruz.br/pt-br/content/campanhaalerta-

para-um-dos-principais-problemas-ambientais-doseculo-

xxi-o-ruido

Gerges, S. N. Y. (2000). Ruído: fundamentos e controle.

Florianópolis: NR Editora.

Huang, K., Zhang, J., He, M., & Zhu, J. (2009). Bi-level programming

model of urban traffic network considering noise pollution control. In Proceedings of the International Conference on

Transportation Engineering 2009. Reston: American Society of

Civil Engineers. http://dx.doi.org/10.1061/41039(345)560.

Kang, J. (2007). Urban sound environment. New York: Taylor

& Francis.

König, A. (2013). Regenerative sustainable development of

universities and cities: the role of living laboratories. Cheltenham:

Edward Elgar. http://dx.doi.org/10.4337/9781781003640.

Lima, F. R., Santos, M. V. S. M., Almeida, M. L. R., & Coelho, R.

C. S. (2015, nov.). Base de dados elaborada numa plataforma

SIG e direcionada para aplicações em Smart Campus. In Anais

do II Encontro Nacional de Tecnologia Urbana (ENURB) (pp.

-1235). Passo Fundo: UPF Editora.

Mardones, M. D. M. (2009, jul.). Mapeamento dos níveis de

ruído em Copacabana, Rio de Janeiro, através de simulação

computacional (Dissertação de mestrado). COPPE, Universidade

Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Mendonça, A. B. D., Suriano, M. T., Souza, L. C. L., & Viviani,

E. (2013). Classes de quadras urbanas determinadas pelos

níveis de ruídos. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana,

(2), 63-77. http://dx.doi.org/10.7213/urbe.05.002.SE05.

Moreira, N. M., & Bryan, M. E. (1972). Noise annoyance

susceptibility. Journal of Sound and Vibration, 21(4), 449-462.

http://dx.doi.org/10.1016/0022-460X(72)90829-2.

Morgan, P. A., & Watts, G. R. (2003). A novel approach to the

acoustic characterisation of porous road surfaces. Applied

Acoustics, 64(12), 1171-1186. http://dx.doi.org/10.1016/

S0003-682X(03)00085-9.

Raimbault, M., Lavandier, C., & Bérengier, M. (2003). Ambient

sound assessment of urban environments: field studies in two

French cities. Applied Acoustics, 64(12), 1241-1256. http://

dx.doi.org/10.1016/S0003-682X(03)00061-6.

Ribas, A., Schmid, A., & Ronconi, E. (2010). Topofilia, conforto

ambiental e o ruído urbano como risco ambiental: a percepção

de moradores dos setores especiais estruturais da cidade

de Curitiba. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 21, 183-199.

http://dx.doi.org/10.5380/dma.v21i0.15599.

Ribeiro, S. K., & D’Agosto, M. A. (2004). Assessment of hybriddrive

bus fuel savings for brazilian urban transit. Transportation

Planning and Technology, 27(6), 483-509. http://dx.doi.org

/10.1080/0308106042000316376.

Silva, A. S. M. (jun. 2009). Acústica ambiental: análise de ruído

urbano (Dissertação de mestrado). Faculdade de Engenharia,

Universidade do Porto, Porto.

Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. (2011). Plano

Diretor da Universidade Federal do Rio de Janeiro 2020: PD

UFRJ-2020. Rio de Janeiro: UFRJ.

Viollon, S., Lavandier, C., & Drake, C. (2002). Influence of

visual setting on sound ratings in an urban environment.

Applied Acoustics, 63(5), 493-511. http://dx.doi.org/10.1016/

S0003-682X(01)00053-6.

Wissmann, T. (2014). Geographies of urban sound. Farnham:

Ashgate.

Yang, W., & Kang, J. (2005). Acoustic comfort evaluation in

urban open public spaces. Applied Acoustics, 66(2), 211-229.

http://dx.doi.org/10.1016/j.apacoust.2004.07.011.

Zimmer, K., & Ellermeier, W. (1999). Psychometric properties

of four measures of noise sensitivity: a comparison. Journal

of Environmental Psychology, 19(3), 295-302. http://dx.doi.

org/10.1006/jevp.1999.0133.

Downloads

Publicado

2018-05-30

Como Citar

Benevides Magioli, F., & Boscher Torres, J. C. (2018). Influência das transformações urbanas no conforto acústico: estudo-piloto da cidade universitária da UFRJ. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 10(2). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/20729

Edição

Seção

Artigos