A paisagem do Ribeirão Fortaleza em Blumenau-SC: percepção da população para a sua recuperação e valorização
Palabras clave:
paisagem, rios urbanos, percepção ambiental, pesquisa qualitativa.Resumen
Com o advento das discussões ambientais sob o paradigma da sustentabilidade, rios urbanos em todo o mundo vêm sendo alvo de projetos de recuperação e valorização. Na expectativa de processos de projetos sustentáveis, de caráter interdisciplinar, entende-se que o conhecimento e a compreensão das percepções da população em relação às paisagens fluviais urbanas são a base para qualquer projeto que se deseje implantar com legitimidade e sucesso. Saber como uma população ribeirinha pensa e sente acerca do rio e seu entorno possibilita entender como as pessoas interagem com aquele ambiente e, inclusive, conhecer as repercussões de suas atitudes para além daquele espaço. Com base nessas premissas, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, com o objetivo de compreender o que pensa e sente a população que vive nas margens do Ribeirão Fortaleza, em Blumenau-SC, sobre a paisagem local. O processo de análise dos registros das entrevistas e das observações de campo possibilitou a identificação de três grandes categorias: Memórias do Ribeirão Fortaleza e sua importância na vida dos moradores; Aspectos positivos e negativos em relação à paisagem do Ribeirão Fortaleza, e Propostas para a melhoria de sua paisagem. Espera-se que esta pesquisa possa subsidiar a elaboração de projetos e o acompanhamento de seus processos de implantação e avaliação, o âmbito da gestão municipal e da produção acadêmica, não somente na Arquitetura e Urbanismo, mas em outras áreas do conhecimento, haja vista que modos de viver os espaços ribeirinhos envolvem componentes de natureza multidisciplinar.
Descargas
Citas
Bardin, L. (1991). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bezerra, O. G., & Melo, V. L. M. (2014). Valores da paisagem:
os significados dos rios e manguezais da cidade do Recife.
Paisagem e Ambiente: Ensaios, 1(34), 93-106. Recuperado
em 12 de janeiro de 2017, de http://www.revistas.usp.br/
paam/article/viewFile/97124/96198
Costa, L. M. S. A. (2006a). A paisagem em movimento. In
D. B. Pinheiro Machado (Ed.), Sobre urbanismo (pp. 154-
. Rio de Janeiro: PROURB.
Costa, L. M. S. A. (2006b). Rios e paisagens urbanas em
cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB.
Costa, L. M. S. A., & Monteiro, P. M. (2002). Rios urbanos
e valores ambientais. In V. Del Rio, C. R. Duarte, & P. A.
Rheingantz (Eds.), Projeto do lugar: colaboração entre
psicologia, arquitetura e urbanismo (pp. 291-298). Rio de
Janeiro: Contra Capa.
Ghilardi, A. S., & Duarte, C. R. S. (2006). Ribeirão Preto:
os valores naturais e culturais de suas paisagens urbanas.
In L. M. S. A. Costa (Eds.), Rios e paisagens urbanas em
cidades brasileiras (pp. 95-119). Rio de Janeiro: PROURB.
Gorski, M. C. B. (2010). Rios e cidades: ruptura e reconciliação.
São Paulo: Editora SENAC.
Hough, M. (1995). Cities and natural processes. London:
Routledge.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
(2010). Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE.
Recuperado em 3 de abril de 2017, de www.ibge.gov.br
Jacobi, P. R., & Giorgetti, C. (2009). Os moradores e a água
na bacia do rio Pirajuçara na Região Metropolitana de
São Paulo: percepções e atitudes num contexto crítico de
degradação de fonte hídricas. In P. Jacobi (Ed.), Atores e
processos na governança da água no Estado de São Paulo
(1a ed., pp. 87-106). São Paulo: Annablume.
Karnopp, Z. M. P., Almeida, M. M., Siervi, E. C., & Bula, N.
N. (2016). A pesquisa qualitativa e o ente da arquitetura e urbanismo: contribuição para estudos e o exercício da
profissão. Arquitextos, 16, 1-18. Recuperado em 3 de abril
de 2017, de http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/
arquitextos/16.192/6058
Mello, S. S. (2008). Na beira do rio tem uma cidade: urbanidade
e valorização dos corpos d’água (Tese de doutorado).
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de
Brasília, Brasília.
Minayo, M. C. S., Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2015).
Pesquisa social: teoria, método e criatividade (34a ed., v.1).
Petrópolis: Vozes.
Noll, J. F., & Pereira, F. (2014). Intervenções arquitetônicopaisagísticas
em limites e bordas do Ribeirão Fortaleza,
Blumenau. In Anais do III Seminário Nacional sobre o
Tratamento de Áreas de Preservação Permanente em Meio
Urbano e Restrições Ambientais ao Parcelamento do Solo
(pp. 1-18). Belém: UFPA.
Patrício, Z. M. (1999). Qualidade de vida do ser humano
na perspectiva de novos paradigmas: possibilidades
éticas e estéticas nas interações ser humano-naturezacotidiano-
sociedade. In S. M. Patrício, J. Casagrande, & M.
Araújo, Qualidade de vida do trabalhador: uma abordagem
qualitativa do ser humano através de novos paradigmas
(pp. 19-88). Florianópolis: PCA.
Porath, S. L., & Afonso, S. (2006). A paisagem do Rio
Itajaí-açu na cidade de Blumenau/SC. In L. M. S. A. Costa
(Ed.), Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras (pp.
-176). Rio de Janeiro: PROURB.
Raynaud, F. V. (2006). O Rio Sanhuá e a cidade de João
Pessoa. In L. M. S. A. Costa (Ed.), Rios e paisagens urbanas em
cidades brasileiras (pp. 147-162). Rio de Janeiro: PROURB.
Rudolpho, L. S. (2012). A cobertura florestal da Bacia do
Ribeirão Fortaleza em Blumenau/SC frente à antropização
da paisagem (Dissertação de mestrado). Programa de
Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Santos, M. (2004). Pensando o espaço do homem (5a ed.,
Vol. 1). São Paulo: Edusp.
Saraiva, M. G. A. N. (1999). O rio como paisagem: gestão de
corredores fluviais no quadro do ordenamento do território.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
Siebert, C. (2000). A evolução urbana de Blumenau:
a cidade se forma (1850-1938). In I. M. Theis, M. A.
Mattedi, & F. R. L. Tomio (Eds.), Nosso passado (in) comum: contribuições para o debate sobre a história e
a historiografia de Blumenau (pp. 181-213). Blumenau:
Edifurb, Cultura em Movimento.
Silva-Sánchez, S., & Jacobi, P. R. (2012). Políticas de
recuperação de rios urbanos na cidade de São Paulo:
possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Estudos
Urbanos e Regionais, 14(2), 119-132. http://dx.doi.
org/10.22296/2317-1529.2012v14n2p119.
Sistema de Esgoto Sanitário da Cidade de Blumenau –
SAMAE. (2002). Estudo do corpo receptor. Santa Catarina: SAMAE. Recuperado em 10 de janeiro de 2016, de http://
www.samae.com.br/arquivos/anexo_5_vol_2.pdf
Tardin, R. (2011). Ordenação sistêmica da paisagem. In
A. F. Reis (Ed.), Arquitetura, urbanidade e meio ambiente
(pp. 151-172). Florianópolis: Editora da UFSC.
Tucci, C. E. M. (2005). Gestão de águas pluviais urbanas
(4a ed., Vol. 1). Brasília: Ministério das Cidades.