Mobilidade urbana e desigualdades de gênero na cidade de São Paulo
Abstract
A acessibilidade e a mobilidade espacial, na maioria das cidades brasileiras, seguem um padrão de desigualdades de circulação entre grupos de indivíduos, incluindo disparidades de gênero. Nesta pesquisa, o objetivo geral foi avaliar diferenças entre homens e mulheres quanto à mobilidade pela cidade de São Paulo, especificamente, quanto ao tempo das viagens e a quantidade de viagens realizadas para chegar a um destino. Para isso, utilizou-se modelos de regressão multinível para verificar como variáveis individuais e contextuais influenciam a dinâmica da mobilidade urbana. Não se rejeitou a hipótese de que há diferenças estatisticamente significativas entre a duração da viagem e o número de viagens realizadas, pela cidade de São Paulo, ao comparar homens e mulheres. O fato de ser mulher implica em maior tempo médio de duração das viagens e em menor número de viagens para se chegar ao destino de interesse, em relação às estimativas obtidas para os indivíduos do sexo masculino. Essas evidências são consoantes ao discutido na literatura de que, por conta da lógica dos papéis sociais de gênero e da divisão sexual do trabalho, o gênero, enquanto marcador social e de diferença orienta escolhas, padrões e possibilidades de mobilidade.
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