Favela como face extrema da segregação [SE Desigualdades Urbanas e Segregação]

Authors

  • Suzana Pasternak
  • Lucia Maria Machado Bogus

Abstract

A estrutura socioespacial da metrópole de São Paulo vem apresentando modificações nos últimos 40 anos. Favelas têm sido uma presença constante no tecido urbano, na capital e nos municípios metropolitanos.  Este artigo pretende mostrar a evolução da estrutura social e socioespacial na metrópole nas últimas décadas do século XX e primeiras do século XXI,  através do uso da variável sócio-ocupacional e sua espacialização, por análise fatorial de correspondência e de clusters, a partir de dados censitários de 1980,1991,2000 e 2010 e a favelização resultante. Apesar das mudanças, a marca mais nítida da estrutura socioespacial metropolitana é ainda “mancha de óleo”, onde o modelo centro periferia ainda é predominante. A análise indica que os espaços superiores ficaram mais exclusivos e homogêneos, enquanto outros, mais heterogêneos.  Nos limites da metrópole se observam processo de elitização com condomínios fechados e moradia de camadas médias,  ao lado de  e espaços de pobreza extrema, como favelas e loteamentos precários. Nos anos 2020, a pandemia trouxe novas variáveis para um tecido urbano estruturalmente inadequado. E, através da  de dados de favelas dos censos, da pesquisa do IBGE de 2019 e do Map Biomas, percebe-se o espantoso crescimento das favelas na capital e nos municípios metropolitanos.

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Published

2024-12-05

How to Cite

Pasternak, S., & Bogus, L. M. M. (2024). Favela como face extrema da segregação [SE Desigualdades Urbanas e Segregação]. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 16. Retrieved from https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/31631

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