Mercados Públicos na área central de Belo Horizonte
transformações, resistências, tensões
Resumo
Nos contemporâneos processos de transformação das grandes cidades, os mercados públicos têm sido um dos alvos espaciais que induzem mudanças nas práticas sociais e nos perfis de seus usuários e consumidores. Em Belo Horizonte, o Mercado Central e o Mercado Novo revelam essas tendências e tornam-se objetos privilegiados de estudo de caso. Esta pesquisa, realizada entre 2017 e 2019, buscou identificar transformações, resistências e tensões, em curso, nesses tradicionais espaços comerciais. As análises buscaram ultrapassar uma perspectiva simplista ou generalista de gentrificação, esquadrinhando lógicas de caráter segregacionista e a alteração das práticas sociais, econômicas e culturais, devido a processos ainda anteriores, como os de patrimonialização, gourmetização e turistificação, caracterizados pela exploração de atividades culturais dirigidas a um público solvente e rotativo. Utilizando observações etnográficas, entrevistas e documentos, este estudo analisa como as dimensões – história, rede de relações e identidade – são configuradas cotidianamente. Esta pesquisa mostra como os processos identitários e os sentimentos de pertencimento são diferentes em cada espaço. No Mercado Central preservam-se os padrões tradicionais de propriedade individual e longevidade das lojas. Já a iniciativa “Velho Mercado Novo” busca a “autenticidade calculada” e reforça indiscriminadamente a perspectiva do consumo do lugar.
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