A paisagem do Ribeirão Fortaleza em Blumenau-SC: percepção da população para a sua recuperação e valorização

Autores

  • Lucas da Silva Rudolpho
  • Zuleica Maria Patricio Karnopp
  • Alina Gonçalves Santiago

Palavras-chave:

paisagem, rios urbanos, percepção ambiental, pesquisa qualitativa.

Resumo

Com o advento das discussões ambientais sob o paradigma da sustentabilidade, rios urbanos em todo o mundo vêm sendo alvo de projetos de recuperação e valorização. Na expectativa de processos de projetos sustentáveis, de caráter interdisciplinar, entende-se que o conhecimento e a compreensão das percepções da população em relação às paisagens fluviais urbanas são a base para qualquer projeto que se deseje implantar com legitimidade e sucesso. Saber como uma população ribeirinha pensa e sente acerca do rio e seu entorno possibilita entender como as pessoas interagem com aquele ambiente e, inclusive, conhecer as repercussões de suas atitudes para além daquele espaço. Com base nessas premissas, desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, com o objetivo de compreender o que pensa e sente a população que vive nas margens do Ribeirão Fortaleza, em Blumenau-SC, sobre a paisagem local. O processo de análise dos registros das entrevistas e das observações de campo possibilitou a identificação de três grandes categorias: Memórias do Ribeirão Fortaleza e sua importância na vida dos moradores; Aspectos positivos e negativos em relação à paisagem do Ribeirão Fortaleza, e Propostas para a melhoria de sua paisagem. Espera-se que esta pesquisa possa subsidiar a elaboração de projetos e o acompanhamento de seus processos de implantação e avaliação, o âmbito da gestão municipal e da produção acadêmica, não somente na Arquitetura e Urbanismo, mas em outras áreas do conhecimento, haja vista que modos de viver os espaços ribeirinhos envolvem componentes de natureza multidisciplinar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Bardin, L. (1991). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bezerra, O. G., & Melo, V. L. M. (2014). Valores da paisagem:

os significados dos rios e manguezais da cidade do Recife.

Paisagem e Ambiente: Ensaios, 1(34), 93-106. Recuperado

em 12 de janeiro de 2017, de http://www.revistas.usp.br/

paam/article/viewFile/97124/96198

Costa, L. M. S. A. (2006a). A paisagem em movimento. In

D. B. Pinheiro Machado (Ed.), Sobre urbanismo (pp. 154-

. Rio de Janeiro: PROURB.

Costa, L. M. S. A. (2006b). Rios e paisagens urbanas em

cidades brasileiras. Rio de Janeiro: PROURB.

Costa, L. M. S. A., & Monteiro, P. M. (2002). Rios urbanos

e valores ambientais. In V. Del Rio, C. R. Duarte, & P. A.

Rheingantz (Eds.), Projeto do lugar: colaboração entre

psicologia, arquitetura e urbanismo (pp. 291-298). Rio de

Janeiro: Contra Capa.

Ghilardi, A. S., & Duarte, C. R. S. (2006). Ribeirão Preto:

os valores naturais e culturais de suas paisagens urbanas.

In L. M. S. A. Costa (Eds.), Rios e paisagens urbanas em

cidades brasileiras (pp. 95-119). Rio de Janeiro: PROURB.

Gorski, M. C. B. (2010). Rios e cidades: ruptura e reconciliação.

São Paulo: Editora SENAC.

Hough, M. (1995). Cities and natural processes. London:

Routledge.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

(2010). Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE.

Recuperado em 3 de abril de 2017, de www.ibge.gov.br

Jacobi, P. R., & Giorgetti, C. (2009). Os moradores e a água

na bacia do rio Pirajuçara na Região Metropolitana de

São Paulo: percepções e atitudes num contexto crítico de

degradação de fonte hídricas. In P. Jacobi (Ed.), Atores e

processos na governança da água no Estado de São Paulo

(1a ed., pp. 87-106). São Paulo: Annablume.

Karnopp, Z. M. P., Almeida, M. M., Siervi, E. C., & Bula, N.

N. (2016). A pesquisa qualitativa e o ente da arquitetura e urbanismo: contribuição para estudos e o exercício da

profissão. Arquitextos, 16, 1-18. Recuperado em 3 de abril

de 2017, de http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/

arquitextos/16.192/6058

Mello, S. S. (2008). Na beira do rio tem uma cidade: urbanidade

e valorização dos corpos d’água (Tese de doutorado).

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de

Brasília, Brasília.

Minayo, M. C. S., Deslandes, S. F., & Gomes, R. (2015).

Pesquisa social: teoria, método e criatividade (34a ed., v.1).

Petrópolis: Vozes.

Noll, J. F., & Pereira, F. (2014). Intervenções arquitetônicopaisagísticas

em limites e bordas do Ribeirão Fortaleza,

Blumenau. In Anais do III Seminário Nacional sobre o

Tratamento de Áreas de Preservação Permanente em Meio

Urbano e Restrições Ambientais ao Parcelamento do Solo

(pp. 1-18). Belém: UFPA.

Patrício, Z. M. (1999). Qualidade de vida do ser humano

na perspectiva de novos paradigmas: possibilidades

éticas e estéticas nas interações ser humano-naturezacotidiano-

sociedade. In S. M. Patrício, J. Casagrande, & M.

Araújo, Qualidade de vida do trabalhador: uma abordagem

qualitativa do ser humano através de novos paradigmas

(pp. 19-88). Florianópolis: PCA.

Porath, S. L., & Afonso, S. (2006). A paisagem do Rio

Itajaí-açu na cidade de Blumenau/SC. In L. M. S. A. Costa

(Ed.), Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras (pp.

-176). Rio de Janeiro: PROURB.

Raynaud, F. V. (2006). O Rio Sanhuá e a cidade de João

Pessoa. In L. M. S. A. Costa (Ed.), Rios e paisagens urbanas em

cidades brasileiras (pp. 147-162). Rio de Janeiro: PROURB.

Rudolpho, L. S. (2012). A cobertura florestal da Bacia do

Ribeirão Fortaleza em Blumenau/SC frente à antropização

da paisagem (Dissertação de mestrado). Programa de

Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade

Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Santos, M. (2004). Pensando o espaço do homem (5a ed.,

Vol. 1). São Paulo: Edusp.

Saraiva, M. G. A. N. (1999). O rio como paisagem: gestão de

corredores fluviais no quadro do ordenamento do território.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Siebert, C. (2000). A evolução urbana de Blumenau:

a cidade se forma (1850-1938). In I. M. Theis, M. A.

Mattedi, & F. R. L. Tomio (Eds.), Nosso passado (in) comum: contribuições para o debate sobre a história e

a historiografia de Blumenau (pp. 181-213). Blumenau:

Edifurb, Cultura em Movimento.

Silva-Sánchez, S., & Jacobi, P. R. (2012). Políticas de

recuperação de rios urbanos na cidade de São Paulo:

possibilidades e desafios. Revista Brasileira de Estudos

Urbanos e Regionais, 14(2), 119-132. http://dx.doi.

org/10.22296/2317-1529.2012v14n2p119.

Sistema de Esgoto Sanitário da Cidade de Blumenau –

SAMAE. (2002). Estudo do corpo receptor. Santa Catarina: SAMAE. Recuperado em 10 de janeiro de 2016, de http://

www.samae.com.br/arquivos/anexo_5_vol_2.pdf

Tardin, R. (2011). Ordenação sistêmica da paisagem. In

A. F. Reis (Ed.), Arquitetura, urbanidade e meio ambiente

(pp. 151-172). Florianópolis: Editora da UFSC.

Tucci, C. E. M. (2005). Gestão de águas pluviais urbanas

(4a ed., Vol. 1). Brasília: Ministério das Cidades.

Downloads

Publicado

2018-05-30

Como Citar

da Silva Rudolpho, L., Patricio Karnopp, Z. M., & Gonçalves Santiago, A. (2018). A paisagem do Ribeirão Fortaleza em Blumenau-SC: percepção da população para a sua recuperação e valorização. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 10(2). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/20725

Edição

Seção

Artigos