Se a estratégia é prática, quem são seus praticantes?
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.7373Palavras-chave:
Estrategistas. Praticantes. Fazer estratégico. Estratégia como prática. Institucionalismo organizacional.Resumo
Discordando do individualismo metodológico que permeia a maioria das pesquisas sobre o papel e a atuação dos estrategistas na 'Estratégia como Prática', o presente artigo analisa quem são os estrategistas organizacionais, empreendendo discussão e crítica pautadas em pesquisas publicadas seguindo tal vertente. Esse argumento é desenvolvido principalmente oferecendo evidências empíricas para o que se defende, mediante estudo de caso qualitativo sobre o processo de mudança do projeto gráfico de um periódico paranaense. Utilizando conceitos do institucionalismo organizacional para a análise do caso, defende-se ser equivocada a excessiva ênfase no nível microssocial de análise para entender-se quem são os estrategistas, por esta desconsiderar a importância da dimensão institucional, sua relevância na constituição identitária desse sujeito nas organizações, e a problemática que decorre em se estudar a prática e a práxis estratégica independentemente da influência de estruturas sociais mais amplas.
Downloads
Referências
ALLARD-POESI, F. A Foucauldian perspective on strategic practice: strategy as the art of (un)folding. In: GOLSORKHI, D.; ROULEAU, L.; SEIDL, D.; VAARA, E. (Ed.). Cambridge handbook of strategy as practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. p.168-182.
BATTILANA, J.; LECA, B.; BOXENBAUM, E. How actors change institutions: towards a theory of institutional en¬trepreneurship. The Academy of Management Annals, v. 3, n. 1, 65-107, 2009.
CARTER, C.; CLEGG, S. R.; KORNBERGER, M. S-A-P zapping the field. Strategic Organization, v. 6, n. 1, p. 107-112, February 1, 2008a.
CARTER, C.; CLEGG, S. R.; KORNBERGER, M. Strategy as practice? Strategic Organization, v. 6, n. 1, p. 83-99, February 1, 2008b.
CLEGG, S.; CARTER, C.; KORNBERGER, M. ‘Get up, I feel like being a strategy machine’. European Management Review, v. 1, n. 1, p. 21-28, 2004.
CORAIOLA, D. M. Agência e discurso no processo de mudança de projeto gráfico do jornal Gazeta do Povo. 223p. 2006a. Dissertação (Mestrado). Departamento de Administração, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
CORAIOLA, D. M. Jornalismo e Imprensa: contribuições ana¬líticas ao processo de institucionalização. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 29., 2006, Brasília. Anais... São Paulo: Intercom, 2006b.
CORAIOLA, D. M.; JACOMETTI, M., BARATTER, M. A.; GONÇALVES, S. A. Trabalho Institucional e teoria da mudan¬ça gradual: reflexões sobre atores sociais, estratégias e con¬textos. In: ENCONTRO DE ESTUDOS ORGANIZACIONAIS, 7., 2012, Curitiba. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2012.
CORAIOLA, D. M.; MELLO, C. M. D.; JACOMETTI, M. Estruturação da estratégia como prática organizacional: possibilidades analíticas a partir do institucionalismo or¬ganizacional. Revista de Administração Mackenzie, v. 13, n. 5, set./out., 2012.
FRIEDLAND, R.; ALFORD, R. R. Bringing society back in: symbols, practices and institutional contradic¬tions. In: POWELL, W. W.; DIMAGGIO, P. (Ed.). The New Institutionalism in organizational analysis. Chicago: University of Chicago Press, 1991. p.232–263.
GIDDENS, A. A constituição da sociedade. 2ª. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
GONÇALVES, S. A. Mudança estratégica, esquemas inter¬pretativos e contexto institucional: um estudo de caso lon¬gitudinal. Revista Eletrônica de Ciência Administrativa, v. 6, n. 2, 2007.
GREENWOOD, R.; OLIVER, C.; SAHLIN, K.; SUDDABY, R. Introduction. In.: GREENWOOD, R.; OLIVER, C.; SAHLIN, K.; SUDDABY, R. (Eds). The SAGE Handbook of Organizational Institutionalism. London, Thousand Oaks, CA & New Dehli: Sage Publications, 2008, p. 1-46.
GREENWOOD, R.; RAYNARD, M.; KODEIH, F.; MICELOTTA, E. R.; LOUNSBURY, M. Institutional complexity and or¬ganizational responses. The Academy of Management Annals, v. 5, n. 1, p. 317-371, 2011.
HUNG, S.; WHITTINGTON, R. Strategies and institutions: a pluralistic account of strategies in the Taiwanese computer industry. Organization Studies, v. 18, n. 4, p. 551-575, July 1, 1997.
JARZABKOWSKI, P. Shaping strategy as a structuration pro¬cess. Academy of Management Journal, v. 51, n. 4, p. 621- 650, August 1, 2008.
JARZABKOWSKI, P. An activity-theory approach to stra¬tegy as practice. In: GOLSORKHI, D.; ROULEAU, L.; SEIDL, D.; VAARA, E. (Ed.). Cambridge handbook of strategy as practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. p.127-140.
JARZABKOWSKI, P.; BALOGUN, J.; SEIDL, D. Strategizing: the challenges of a practice perspective. Human Relations, v. 60, n. 1, p. 5-27, January 1, 2007 2007.
JARZABKOWSKI, P.; WHITTINGTON, R. Hard to disagree, mostly. Strategic Organization, v. 6, n. 1, p. 101-106, 2008.
JEPPERSON, R.; MEYER, J. W. Multiple levels of analysis and the limitations of methodological individualisms. Sociological Theory, v. 29, n. 1, p. 54-73, 2011.
KALBERG, S. Max Weber's types of rationality: cornersto¬nes for the analysis of rationalization processes in history. American Journal of Sociology, v. 85, n. 5, p. 1145-1179, 1980.
KNIGHTS, D.; MORGAN, G. Corporate strategy, organiza¬tions, and subjectivity: A critique. Organization Studies, v. 12, n. 2, p. 251-273, April 1, 1991.
LANGLEY, A. The challenge of developing cumulative knowledge about strategy as practice. In: GOLSORKHI, D. (Ed.). Cambridge handbook of strategy as practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. p.91-106.
MEYER, H.-D.; ROWAN, B. The new institutionalism in education. Albany: State University of New York Press, 2006.
MEYER, J. W.; BOLI, J.; THOMAS, G. M.; RAMIREZ, F. O. World society and the nation-state. The American Journal of Sociology, v. 103, n. 1, p. 144-181, 1997.
MEYER, J. W.; JEPPERSON, R. L. The 'actors' of modern socie¬ty: the cultural construction of social agency. Sociological Theory, v. 18, n. 1, p. 100-120, 2000.
RANSON, S.; HININGS, B.; GREENWOOD, R. The structu¬ring of organizational structures. Administrative Science Quarterly, v. 25, n. 1, p. 1-17, 1980.
SCHATZKI, T. R. A Primer on practices: theory and resear¬ch. In: HIGGS, J.; BARNETT, R., et al (Ed.). Practice-based education: Perspectives and strategies. Rotterdam: Sense, In print.
SCOTT, W. R. Institutions and organizations: ideas and interests. 3rd. Los Angeles: Sage Publications, 2008a.
SCOTT, W. R. Lords of the dance: professionals as institu¬tional agents. Organization Studies, v. 29, n. 2, p. 219-238, February 1, 2008b.
SEO, M.-G.; CREED, W. E. D. Institutional contradictions, praxis, and institutional change: a dialectical perspective. The Academy of Management Review, v. 27, n. 2, p. 222- 247, 2002.
SILVA, A. R. L. D.; CARRIERI, A. D. P.; JUNQUILHO, G. S. A estratégia como prática social nas organizações: articu¬lações entre representações sociais, estratégias e táti¬cas cotidianas. Revista de Administração (RAUSP) da Universidade de São Paulo, v. 46, n. 2, p. 122-134, 2011.
SILVA, A. R. L. D.; SOUZA, E. M. D. A constructionist appro¬ach for the study of strategy as social practice. Brazilian Administration Review, v. 9, n. Special Edition, p. 1-18, 2012.
SUDDABY, R.; VIALE, T. Professionals and field-level change: institutional work and the professional project. Current Sociology, v. 59, n. 4, p. 423-442, 2011.
THORNTON, P. H.; OCASIO, W. Institutional logics. In: GREENWOOD, R.; OLIVER, C.; SAHLIN, K.; SUDDABY, R. (Ed.). The SAGE Handbook of organizational institutionalism. Thousand Oaks: Sage Publications, 2008. p. 99-129.
WALTER, S. A.; AUGUSTO, P. O. M.; FONSECA, V. S. D. O campo organizacional e a adoção de práticas estratégicas: revisi¬tando o modelo de Whittington. Cadernos EBAPE.BR, v. 9, n. 2, p. 282-298, 2011.
WHITTINGTON, R. Putting Giddens into action. Journal of Management Studies, v. 29, n. 6, p. 693-712, 1992.
WHITTINGTON, R. Strategy as practice. Long Range Planning, v. 29, n. 5, p. 731-735, 1996.
WHITTINGTON, R. The work of strategizing and organi¬zing: for a practice perspective. Strategic Organization, v. 1, n. 1, p. 117-125, 2002.
WHITTINGTON, R. Completing the practice turn in strate¬gy research. Organization Studies, v. 27, n. 5, p. 613-634, 2006.
WHITTINGTON, R. Giddens, structuration theory and strategy as practice. In: GOLSORKHI, D.;ROULEAU, L., et al (Ed.). Cambridge handbook of strategy as practice. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. p. 109-126.
WHITTINGTON, R.; JOHNSON, G.; MELIN, L. The emerging field of strategy practice: some links, a trap, a choice and a confusion. In: EGOS COLLOQUIUM, 20., 2004, Ljubljana. Proceedings... Ljubljana: EGOS, 2004.
WILSON, D. C.; JARZABKOWSKI, P. Thinking and acting strategically: new challenges for interrogating strategy. European Management Review, v. 1, n. 1, p. 14-20, 2004.
ZALD, M. N.; LOUNSBURY, M. The wizards of Oz: towards an institutional approach to elites, expertise and command posts. Organization Studies, v. 31, n. 7, p. 963-996, 2010.
