O alinhamento entre as competências e o processo de aprendizagem: um estudo teórico-empírico em uma empresa de serviços de interesse público
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.7350Palavras-chave:
Alinhamento. Competências. Aprendizagem.Resumo
O artigo foi escrito com o objetivo principal de analisar e discutir as implicações do alinhamento, ou do não alinhamento, entre as competências e o processo de aprendizagem em uma empresa privada que presta ser- viços de interesse público. Para tanto foi realizada uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, cujos procedimentos envolveram levantamento bibliográfico, análises documentais e a realização de 27 entrevis- tas semiestruturadas com funcionários da Empresa Alfa Telecom S/A, a qual possui um sistema de gestão de competências implantado desde 1997. Conforme orientações de Dutra (2004), ao relacionar contribuições teóricas, entrevistas e análises documentais, foi possível notar que o modelo de competências, os processos de aprendizagem e as decisões de cunho estratégico tomadas na Empresa Alfa Telecom S/A estão desvinculadas uma das outras. Constatou-se que a aprendizagem organizacional, em relação ao modelo de competências, ocorre para poucos e somente no nível cognitivo. Como uma das considerações finais deste artigo, infere-se que a empresa estudada possui o risco de sofrer degradação de suas competências, o que consequentemente a impedirá de conquistar seus objetivos estratégicos.
Downloads
Referências
Referências
ARGYRIS, C. Good communication that blocks learning.
Harvard Business Review, v. 72, n. 4, p. 77-85, 1994.
BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advan- tage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.
BEDEINA, A. G. Contemporary challenges in the study of organizations. Journal of Management, v. 12, n. 2, p. 185- 201, 1986.
BITENCOURT, C. C. Gestão de competências e apren- dizagem nas organizações. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2005.
BOYATZIS, R. †he competent manager: a model for effec- tive performance. New Tork: Wiley, 1982.
BRANDÃO, H. P.; GUIMARÃES, T. A. Gestão de compe-
tências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 1, p. 8-15, 2001.
BROWN, J. S. Research that reinvents the corporation.
Harvard Business Review, v. 63, n. 1, p. 102-111, 1990.
DREJER, A. Strategic management and core competen- cies: theory and application. Westport, Conn.: Quorum Books, 2002.
DUTRA, J. S. Competências. São Paulo: Atlas, 2004.
FLANAGAN, J. C. The critical incident technique.
Psychological Bulletin, v. 51, n. 4, p. 327-358, 1954.
FLEURY, A.; FLEURY, M. T. L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra cabeça caleidos- cópico da indústria brasileira. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
GALBRAITH, J. R.; KAZANJIAN, R. K. Strategy implemen- tation: structure, systems and process. St. Paul: West Publisher, 1986.
GARVIN, D. A. Building a learning organization. Harvard Business Review, v. 71, 1993.
GUBMAN, E.L. †alento. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
HENDERSON, J. C.; VENKATRAMAN, N. Strategic alignment: leveraging information technology for transforming orga- nizations. IBM Systems Journal, v. 32, n. 1, p. 4-16, 1993.
KALIL PIRES, A. et al. Gestão por competências em orga- nizações de governo. Brasília: ENAP, 2005.
KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. Organização orientada para a estratégia: como as empresas que adotam o Balanced Scorecard prosperam no novo ambiente de negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
KIM, D. H. O elo entre a aprendizagem individual e a aprendi- zagem organizacional. In: KLEIN, D. A. A gestão estratégica do capital intelectual. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998.
KOLB, D. A. Psicologia organizacional: uma abordagem vivencial. São Paulo: Atlas, 1978.
LABOVITZ, G.; ROSANSKY, V. †he power of alignment: how great companies stay centered and accomplish extra- ordinary things. New Tork: Wiley, 1997.
MCCLELLAND, D. C. Testing competence rather than for in- telligence. American psychologist, n. 28, v. 1, p. 1-14, 1 973.
MEPPEM, T.; GILL, R. Planning for sustainability as a learning concept. Ecological Economics, v. 26, n. 2, p.121-137, 1997.
MINTZBERG, H. Power in and around organizations.
Englewood: Prentice Hall, 1983.
MUNCK, L.; MUNCK, M. M. Gestão organizacional sob a lógi- ca da competência: aplicação na pequena empresa. Revista de Administração Mackenzie, v. 9, n. 1, p. 64-85, 2008.
PENROSE, E. T. †he theory of the growth of the firm. 2.
ed. New Tork: Wiley, 1959.
PORTER, M. Estratégia competitiva. Rio Janeiro: Campus, 1991.
PORTH, S; MCCALL, J.; BAUSCH, T. Spiritual themes of the learning organization. Journal of Organizational Change Management, v. 12, n. 3, p. 211-220, 1999.
PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79-91, 1990.
PRIETO, V. C.; CARVALHO, M. M. Análise das contribuições de diferentes modelos para o alinhamento estratégico. In: ENCONTRO NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 30.,
, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD, p. 1-16.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
SANDBERG, J.; PINNINGTON, A. H. Professional competence as ways of being: an existencial ontological perspective. Journal of Management Studies, v. 46, n. 7, p. 1138-1170, 2009.
SENGE, P.; CARSTEDT, G. Innovating our way to the next industrial revolution. MI† Sloan Management Review, v. 42, n. 2, p. 24-38, 2001.
SPENCER, L. M.; SPENCER, S. M. Competence at work.
New Tork: Willey, 1993.
STARKEY, K. Como as organizações aprendem. São Paulo: Futura, 1997.
TEARE, R. Enabling organizational learning. International Journal of Contemporary Hospitality Management, v. 9, n. 7, p. 315-324, 1997.
TREACY, M.; WIERSEMA, F. A disciplina dos líderes de mercado: escolha seus clientes, direcione seu foco, domi- ne seu mercado. 3. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
WHITE, R. W. Motivation reconsidered: the concept of competence. Psychological Review, v. 66, n. 5, p. 297-333,
ZARIFIAN, P. O modelo da competência. São Paulo: SENAC Editora, 2003.
