Gestão de custos e despesas e a estratégia competitiva de diferenciação: setor autopeças
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.v3i3.13586Palavras-chave:
Estratégia de diferenciação. Custo. Rentabilidade.Resumo
O objetivo desta pesquisa é investigar o quanto custos e despesas explicam a rentabilidade da empresa com ênfase na Estratégia Genérica de Diferenciação em Qualidade de Produto. A revisão da literatura indica que a rentabilidade da empresa depende da estratégia genérica adotada por esta para lidar com as forças estruturais da indústria. Dentre estas estratégias, a de diferenciação deve enfocar características únicas e valoradas pelos compradores e, ao mesmo tempo, atentar aos custos. Assim, este estudo foi feito usando os valores dos custos, despesas, patrimônio líquido e vendas de sete empresas, extraídos originalmente de demonstrativos contábeis divulgados pela BM&F BOVESPA. Usou-se como critério de escolha da amostra das empresas uma seleção não probabilística e por julgamento, pois as seleções das empresas aqui estudadas têm capital aberto e sendo assim divulgam seus dados contábeis. Trata-se de uma pesquisa descritiva e explicativa quanto ao seu objetivo; multicaso e expost-facto quanto à estratégia de abordagem do problema, bibliográfica e documental quanto aos procedimentos técnicos de coleta de dados e quantitativa quanto à análise de dados. Os resultados, obtidos por meio de Regressão Múltipla (R2 = 0,98), apontam que a rentabilidade do setor pode ser explicada pela estratégia genérica de diferenciação em qualidade do produto. Assim, a contribuição científica desta pesquisa é atestar que o dimensionamento dos custos, como exposto por Porter, é necessário para explicar a rentabilidade quando adotada a estratégia genérica de diferenciação em qualidade do produto no setor de autopeças.
Downloads
Referências
ALCHIAN, A. A.; DEMSETZ, H. Production, information costs, and economic organization. The American
Economic Review, v. 62, n. 5, p. 777-795, 1972. Disponível em: <http://web.cenet.org.cn/upfile/100413.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2009.
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS – ANFAVEA. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/50anos.html>. Acesso em: 5 maio 2009.
BARNEY, J. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.
BM&F BOVESPA. Empresa para investidores. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Empresas/InformacoesEmpresas/FormConsultaEmpresas.asp>. Acesso em: 27 maio 2009.
COASE, R. H. The nature of the firm. Economica, v. 4, n. 16, p. 386-405, 1937. Disponível em: <http://www.sonoma.edu/users/e/eyler/426/coase1.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2009.
CONSOLI, M. V.; PEREIRA, F. S.; REBELATTO, D. A. N. A gestão estratégica de custos como ferramenta para gestão econômica e estratégica das empresas: o setor de autopeças nacional neste contexto. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 21., 2001, Salvador. Anais... Salvador: ENEGEP, 2001. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2001_tr32_0766.pdf>. Acesso em: 4 jun. 2009.
DREJER, A. Strategic management and core competencies: theory and application. Westport: Quorum Books, 2002. FRAS-LE. Fras-Le S.A. Disponível em: <http://www.fras-le.com/fras-le/>. Acesso em: 13 jun. 2009.
GARVIN, D. A. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1992.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 10. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004.
GOLDMAN, E.; GORTON, G. The visible hand, the invisible hand and efficiency. National Bureau of Economic Research, Cambridge, n. 7587, 2000. Disponível em: <http://www.nber.org/papers/w7587>. Acesso em: 16 maio 2009.
GUERRA, J. M.; DONAIRE, D. Estatística indutiva. 3. ed. São Paulo: Livraria Ciência e Tecnologia Editora, 1986.
IUDÍCIBUS, S. et al. Contabilidade introdutória. 9. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
KASSAI, J. R.; KASSAI, S.; SANTOS, A. dos. Retorno de investimento: abordagem matemática e contábil do lucro empresarial. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
LAMENZA, A. Estratégias empresariais: pesquisas e casos brasileiros. São Paulo: Saint Paul, 2008.
MAHLE. Mahle-Metal Leve S.A. Disponível em: <http://www.mahle.com.br/C12570C2003CB56C/vwContentByKey/W26FHNNG351MARSPT>. Acesso em: 13 jun. 2009.
MALHOTRA, N. K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2001.
MARCOPOLO. Marcopolo S.A. Disponível em: <http://www.marcopolo.com.br/website/marcopolo_pt/content/marcopolo/marcopolo/>. Acesso em: 13 jun. 2009.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MINTZBERG, H. The design school: reconsidering the basic premises of strategic management. Strategic Management Journal, v. 11, n. 3, p. 171-195, 1990.
NARASIMHAN, R.; GHOSH, S.; MENDEZ, D. A dynamic model of product quality and pricing decisions on sales response. Decision Sciences, v. 24, n. 5, p. 893-908, 1993.
OLIVEIRA, O. J. Gestão da qualidade: tópicos avançados. 2. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.
PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 12. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004.
RANDON. Randon S.A. Implementos e Participações. Disponível em: <http://www.randon.com.br>. Acesso em: 13 jun. 2009.
RIOSULENSE. Metalúrgica Riosulense S.A. Disponível em: <http://www.riosulense.com.br/pt/home/>. Acesso em: 13 jun. 2009.
TUPY. Tupy S.A. Disponível em: <http://www.tupy.com.br/ portugues/empresa/>. Acesso em: 13 jun. 2009.