Entre a ciência e a norma: análise comparativa de grupos de indicadores de sustentabilidade
DOI:
https://doi.org/10.7213/rebrae.v4i2.13646Keywords:
Indicadores de sustentabilidade. Ciência. Norma.Abstract
Este artigo baseia-se na questão ambiental nas indústrias e tem como objetivo apresentar um comparativo entre os indicadores de sustentabilidade e apresenta e analisa um quadro comparativo de oito grupos de indicadores de sustentabilidade a partir de dois referenciais teóricos: o científico e o normativo. O primeiro é relativo à sistematização da ideia de sustentabilidade amparada em sua origem nas ciências naturais. O segundo refere--se à noção de constructos socioeconômicos, sustentado em aspectos socialmente constituídos. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, para possibilitar a comparação entre dos indicadores. Conclui-se que os referenciais científicos são elementos que aparecem com maior frequência entre os indicadores analisados. Através desta análise pode-se observar que eles podem ser divididos em 2 grupos, os ligados à ciência, com tributos que aparecem com frequência de 87,5% a 50%, como: geração de resíduos, recursos energéticos, recursos de água doce, biodiversidade, mudanças no clima e camada de ozônio. E o outro grupo ligado principalmente à norma, com uma frequência máxima de 75% de aparecimento, com os seguintes itens: produtos e serviços, auditorias ambientais, investimentos em proteção ambiental, impactos ambientais, restauração ambiental, divulgação de informações ambientais e materiais.Downloads
References
ABBOT, J.; GUIJT, I. Novas visões sobre mudança ambiental: abordagens participativas de monitoramento. Rio de Janeiro: IIED, 1999.
BRUNACCI, A.; PHILIPPI JUNIOR, A. A dimensão humana do desenvolvimento sustentável. In: PHILIPPI JUNIOR, A.; FOCESI, M. C. (Org.). Educação ambiental e sustentabilidade. Barueri: Manole, 2005.
BRUNDTLAND, G. H. Our common future. Oxford: Oxford University Press, 1990.
CAMPOS, L. M. de S.; MELO, D. A. de. Indicadores de desempenho dos sistemas de gestão ambiental (SGA): uma pesquisa teórica. Produção, v. 18, n. 3, P. 540-555, 2008.
CERES. Ceres principles. Corporate environmental conduct. Disponível em: . Acesso em: 24 out. 2009.
DEPONTI, C. M.; ECKERT, C.; AZAMBUJA, J. B. L. Estratégia para construção de indicadores para avaliação da sustentabilidade e monitoramento de sistemas. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v. 3, n. 4, p. 44-52, 2002.
DONAIRE, D. Gestão ambiental na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
DOW JONES. Dow Jones sustentability index. 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2010.
ESTY, D. C. O verde que vale ouro: como empresas inteligentes usam a estratégia ambiental para inovar, criar valor e construir uma vantagem competitiva. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
GLOBAL REPORTING INITIATIVE - GRI. Sustentablility reporting guidelines. 2008. Disponível em: <http://www.globalreporting.org/Home>. Acesso em: 10 jan. 2010.
HUETING, R.; REJINDERS, L. Broad sustainability contra sustainability: the proper construction of sustainability indicators. Ecological Economics, v. 50, n. 3-4, p. 249-260, 2004.
INDICADORES ETHOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL. São Paulo: Instituto Ethos, 2007.
LEAL FILHO, W. Dealing with misconceptions on the concept of sustainability. International Journal of Sustainability in Higher Education, v. 1, n. 1, p. 9-19, 2000.
LERÍPIO, A. de A. GAIA - um método de gerenciamento de aspectos e impactos ambientais. 2001. 174 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
MEADOWS, D. Indicators and information systems for sustainable development. Hartland: Sustainability Institute, 1998.
ORGANISATION FOR ECONOMIC CO-OPERATION AND DEVELOPMENT – OECD. Key environmental indicators. Paris, 2008.
OLIVEIRA, J. H. R. M.A.I.S.: Método para avaliação de indicadores de sustentabilidade organizacional. 2002. 196 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
RAGAS, A. M. J. et al. Towards a sustainability indicator for production systems. Journal of Cleaner Production, v. 3, n. 1-2, p. 123-129, 1995.
RAMETSTEINER, E. et al. Sustainability indicator development – Science or political negotiation? Ecological Indicators, v. 11, n. 1, p. 61-70, 2009.
ROBÈRT, K-H. et al. A compass for sustainable development. International Journal of Sustainable Development and World Ecology, v. 4, n. 2, p. 79-92, 1997.
SCHOLZ, R.; TIETJE, O. Embedded case study methods. Integrating quantitative and qualitative knowledge. London: Sage Publications, 2002.
TAYRA, F.; RIBEIRO, H. Modelos de indicadores de sustentabilidade: síntese e avaliação crítica das principais experiências. Saúde e Sociedade, v. 15, n. 1, p. 84-95, 2006.
VAN BELLEN, H. M. Indicadores de sustentabilidade: uma análise comparativa. 2002. 250 f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.