Possibilidades de aprendizagem organizacional a partir de sistemas de controle estratégico

Authors

  • Camila Camargo

DOI:

https://doi.org/10.7213/rebrae.v4i1.13625

Keywords:

Aprendizagem. Controle estratégico. Sistemas de controle.

Abstract

O objetivo no presente artigo é demarcar as possibilidades de aprendizagem organizacional a partir do controle estratégico. Na consecução desse objetivo foi apresentada uma revisão de literatura sobre controle organizacional, que versou sobre a abordagem tradicional (burocrática), a abordagem cibernética, e também sobre os desenvolvimentos posteriores que ocorreram em função das críticas dirigidas à centralidade da retroalimentação nessa última perspectiva. Neste ensaio teórico, a revisão da literatura sobre aprendizagem organizacional foi apresentada principalmente em termos de dois tipos de processo; exploitation e exploration. Na demarcação das possibilidades de aprendizagem organizacional a partir do controle estratégico fez-se uso da estrutura analítica de Simons (1995), a qual agrega quatro sistemas mais gerais de controle: (i) sistemas de crenças; (ii) sistemas de limites; (iii) sistemas de controle diagnóstico; e (iv) sistemas interativos de controle. Como resultado da articulação entre aprendizagem organizacional e controle, colocou-se em evidência que os sistemas de controle estratégico apresentam um papel paradoxal; o controle estratégico tanto possibilita quanto restringe a aprendizagem. Entretanto, verificou-se que diferentes sistemas de controle influenciam de forma particular os distintos processos de aprendizagem organizacional dos tipos exploitation e exploration.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ARGYRIS, C. Enfrentando defesas empresariais. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

ARGYRIS, C. Double loop learning in organizations. Harvard Business Review, v. 55, n. 5, p. 115-125, 1977.

ARGYRIS, C.; SCHÖN, D. A. Organizational learning II: theory, method and practice. Reading, MA: Addison-Wesley, 1996.

BURNS, T.; STALKER, G. M. The management of innovation. London: Tavistock, 1961.

BURRIS, B. H. Technocratic organization and control. Organization Studies, v. 10, n. 1, p. 1-22, 1989.

CHILD, J.; RODRIGUES, S. Social identity and organizational learning. In: EASTERBY-SMITH, M.; LYLES, M. A. (Ed.). The Blackwell handbook of organizational learning and knowledge management. Malden: Blackwell Publishing, 2005. p. 535-556.

FAYOL, H. Administração industrial e geral. São Paulo: Atlas, 1970.

GIGLIONI, G. B.; BEDEIAN, A. G. A conspectus of management control theory: 1900-1972. Academy of

Management Journal, v. 17, n. 2, p. 292-305, 1974.

GREEN, S. G.; WELSH, M. A. Cybernetics and dependence: reframing the control concept. Academy of Management Review, v. 13, n. 2, p. 287-301, 1988.

GREY, C.; GARSTEN, C. Trust, control and post-bureaucracy. Organization Studies, v. 22, n. 2, p. 229-250, 2001.

GUARIDO FILHO, E. R.; MACHADO-DA-SILVA, C. L. A influência de valores ambientais e organizacionais sobre a aprendizagem organizacional na indústria alimentícia paranaense. Revista de Administração Contemporânea, v. 5, n. 2, p. 33-63, 2001.

HOLDEN, P. E.; FISH, L. S.; SMITH, H. L. Top-management organization and control. California: Stanford University Press, 1941.

LEPINE, J. A.; WILCOX-KING, A. Developing novel theoretical insight from reviews of existing theory and research. Academy of Management Review, v. 35, n. 4, p. 506-509, 2010.

LICHTENTHALER, U. Absorptive capacity, environmental turbulence, and the complementarity of organizational learning processes. Academy of Management Journal, v. 52, n. 4, p. 822-846, 2009.

LOWE, E. A. On the idea of a management control system: integrating accounting and management control. Journal of Management Studies, v. 8, n. 1, p. 1-12, 1971.

MARCH, J. G. Exploration and exploitation in organizational learning. Organization Science, v. 2, n. 1, p. 71-87, 1991.

MINTZBERG, H.; WATERS, J. A. Of strategies, deliberate and emergent. Strategic Management Journal, v. 6, n. 3, p. 257-272, 1985.

MINTZBERG, H. The strategy concept I: five Ps for strategy. California Management Review, v. 30, n. 1, p. 11-24, 1987.

PARKER, L. D. Control in organizational life: the contribution of Mary Parker Follett. Academy of Management Review, v. 9, n. 4, p. 736-745, 1984.

POPPER, M.; LIPSHITZ, R. Organizational learning mechanisms: a structural and cultural approach to organizational learning. The Journal of Applied Behavioral Science, v. 34, n. 2, p. 161-179, 1998.

SCHREYÖGG, G.; STEINMANN, H. Strategic control: a new perspective. Academy of Management Review, v. 12, n. 1, p. 91-103, 1987.

SIMONS, R. How new top managers use control systems as levers of strategic renewal. Strategic Management Journal, v. 15, n. 3, p. 169-189, 1994.

SIMONS, R. Levers of control: how managers use innovative control systems to drive strategic renewal. Boston: Harvard Business School Press, 1995.

SIMONS, R. Performance measurement & control systems for implementing strategy. Upper Saddle River:

Prentice Hall, 2000.

WEICK, K. E.; WESTLEY, F. Aprendizagem organizacional: confirmando um oximoro. In: CLEGG, S. R.; HARDY, C.; NORD, W. R. (Ed.). Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 2004.

Downloads

Published

2011-07-19

How to Cite

Camargo, C. (2011). Possibilidades de aprendizagem organizacional a partir de sistemas de controle estratégico. REBRAE, 4(1), 53–62. https://doi.org/10.7213/rebrae.v4i1.13625

Issue

Section

Articles