Ausência de recursos ou adaptação ao ambiente? Uma análise dos riscos estratégicos sob a perspectiva das forças de mercado versus competências dinâmicas na pequena empresa

Authors

  • Juliana Cândido Custódio
  • Eduardo Damião da Silva

DOI:

https://doi.org/10.7213/rebrae.v3i2.13559

Keywords:

Pequena empresa. Competências dinâmicas. Forças de mercado. Riscos estratégicos.

Abstract

A vantagem competitiva da pequena empresa pode ser criada por diferentes perspectivas, dentre as quais são evidenciadas as estratégias baseadas nas forças de mercado e as estratégias baseadas nos recursos e capacidades específicas da organização. Nas pequenas empresas nota-se que há maior ênfase na criação de estratégias fundamentadas nas forças de mercado, mesmo que pela utilização desta perspectiva, possa ser diminuída a competitividade da empresa. Portanto, o objetivo deste estudo é entender como surgem e quais são os riscos provenientes da formulação da estratégia competitiva na pequena empresa sob a perspectiva da exploração das forças de mercado em detrimento da perspectiva das competências dinâmicas. Para tanto, foi utilizado um estudo de caso em uma pequena empresa de varejo de Curitiba, que propiciou a verificação da concepção das estratégias formuladas na pequena empresa e os riscos a elas associadas. Na primeira fase do estudo, os dados foram coletados por meio de entrevistas em profundidade e observação, e analisados conforme análise de conteúdo. Para verificação dos riscos estratégicos foi elaborado um mapa cognitivo para identificação de riscos e aplicada uma adaptação do modelo Brasiliano (2006) para mensuração e análise de riscos. Foi verificado que diante da principal perspectiva adotada para formulação da estratégia competitiva da pequena empresa, as forças de mercado, há um número maior de riscos estratégicos, porém que causam menor impacto e apresentam menor probabilidade de ocorrência na pequena empresa estudada.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALENCAR, F. M. R. Mapeando a modelagem organizacional em especificações precisas. 1999. 304 f. Tese

(Doutorado em Informática) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 1999.

ANDREWS, K. R. The concept of corporate strategy. Homewood Illinois: Irwin, 1991.

ASSUMPÇÃO, J.; FIGUEIREDO, P. N. O papel das competências técnico-organizacionais na estratégia organizacional: evidências de cinco organizações não governamentais do Rio de Janeiro. Revista Análise, v. 8, n. 2, p. 158-172, 2007.

ATKINSON, W. A view from the top: the growing role of the chief risk officer. Risk Management, v. 54, n. 9, p. 24, 2007.

BARNEY, J. B. Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.

BEER, M.; EISNSTAT, R. A. The silent killers of strategy implementation and learning. Sloan Management Review, v. 41, n. 4, p. 29-40, 2000.

BEKEFI, T.; EPSTEIN, M. J. Transforming social and environmental risks into opportunities. Strategic Finance,v. 89, n. 9, p. 42-47, 2008.

BRASILIANO, A. C. R. Análise de risco corporativo: método Brasiliano. São Paulo: Sicurezza, 2006.

CAVALANTI, V. F.; DIAS, R. A.; BARROS, R. T. O. M. de. Proposta de ferramenta de análise e controle de processos com foco em análise de riscos. Disponível em: <http://www.vitorfc.com.br/Analise_processos_com_foco_em_Riscos.pdf>. Acesso em: 10 set. 2008.

CHANDLER, A. D. Strategy and structure. Cambridge: MIT Press, 1962.

CHARTTEJEE, S. Estratégia à prova de falhas: como lucrar e crescer correndo riscos que outros evitam. Porto Alegre: Bookman, 2005.

CORRÊA, C. A.; CORRÊA, H. L. Administração da produção e operações. Porto Alegre: Bookman, 2004.

DOZ, Y.; CHAKRAVARTHY, B. S. Strategy process research: focusing on corporate self-renewal. Strategic

Management Journal, v. 13, n. 51, p. 5-14, 1992.

FIOL, C. M. Managing culture as a competitive resource: na identity-based view of sustainable competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 191-211, 1991.

GIMENEZ, F. A. P. Escolhas estratégicas e estilo cognitivo: um estudo com pequenas empresas. Revista de

Administração Contemporânea, v. 2, n. 1, p. 27-45, 1998.

GIMENEZ, F. A. P. et al. Estratégia em pequena empresas: uma aplicação do modelo Miles e Snow. Revista de Administração Contemporânea, v. 3, n. 2, p. 53-74, 1999.

GOFEE, R.; JONE, G. Ligar a antena, sintonizar e descobrir o caminho. Valor Econômico, abr. 2006.

LIMA, S. M. V.; CASTRO, A. M. G. de; MACHADO, M. dos S. Metodologia de avaliação de necessidade futura de competências essenciais em organizações de P&D, com base no processo de geração do conhecimento. Rpot, v. 7, n. 2, p. 5-29, 2007.

MINTZBERG, H. Strategy-making in three modes. In: QUINN, J. B.; MINTZBERG, H.; JAMES, R. A. (Ed.). Strategic process-concepts, contexts and cases. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1988.

PÁDUA, S. I. D. de; CAZARINI, E. W.; INAMASU, R. Y. Modelagem organizacional: captura dos requisitos organizacionais no desenvolvimento de sistemas de informação. Gestão e Produção, v. 11, n. 2, p. 197-209, 2004.

PETERAF, M. A. The cornerstones of competitive advantage: a resouce-based view. Strategic Management Journal, v. 14, n. 3, p. 179-191, 1993.

PORTER, M. Competitive strategy. New York: Free Press, 1980.

PORTER, M. Competitive advantage. New York: Free Press, 1985.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competencies of the corporation. Harvard Business Review, v. 68, n. 3, p. 79- 91, 1990.

PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, 1995.

RUAS, R. et al. O Conceito de competência de A à Z – análise e revisão nas principais publicações nacionais entre 2000 e 2004. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 29., 2005, Brasília. Anais...Brasília: EnANPAD, 2005.

SHAPIRO, C. The theory of business strategy. RAND Journal of Economics, v. 20, n. 1, p. 125-137, 1989.

SLYWOTZKY, A. J. Exploring the strategic risk frontier. Strategy & Leadership, v. 32, n. 6, p. 11-19, 2004.

SLYWOTZKY, A. J. Do risco à oportunidade: as 7 estratégias para transformar ameaças em fatores de crescimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

SLYWOTZKY, A. J.; DRZIK, J. Countering the biggest risk of all. Harvard Business Review, v. 83, n. 4, p. 78-88, 2005.

STALK, G.; EVANS, P.; SHULMAN, L. E. Competing on capabilities: the new rules of corporate strategy. Harvard Business Review, v. 70, n. 2, p. 57-69, 1992.

SULL, D. Decisões difíceis num mundo incerto. Valor Econômico, abr. 2006.

TEECE, D. J. Technological change and the nature of the firm. In: DOSI, G. et al. (Ed.). Technical changeand economic theory. New York: Pinter Publishers, 1988.

TEECE, D. et al. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, v. 18, n. 7, p. 509- 533, 1997.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2001.

Downloads

Published

2010-07-19

How to Cite

Custódio, J. C., & da Silva, E. D. (2010). Ausência de recursos ou adaptação ao ambiente? Uma análise dos riscos estratégicos sob a perspectiva das forças de mercado versus competências dinâmicas na pequena empresa. REBRAE, 3(2), 145–159. https://doi.org/10.7213/rebrae.v3i2.13559

Issue

Section

Articles