Revista Pistis & Praxis https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis <p>A <em>Revista Pistis &amp; Praxis: Teologia e Pastoral</em> é uma publicação quadrimestral da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), publicada pela primeira vez em 2009, com o intuito de constituir um meio de disseminação de novas descobertas na pesquisa voltada a área de Teologia, especialmente para dialogar com outros campos de saber e com pesquisadores nacionais e internacionais sobre os diversos focos que a pastoral apresenta.</p> Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS pt-BR Revista Pistis & Praxis 1984-3755 <p>O(s) autor(es) transfere(m), por meio de cessão, à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 76.659.820/0009-09, estabelecida na Rua Imaculada Conceição, n.º 1155, Prado Velho, CEP 80.215-901, na cidade de Curitiba/PR, os direitos abaixo especificados e se compromete a cumprir o que segue:</p><p> </p><ol><li>Os autores afirmam que a obra/material é de sua autoria e assumem integral responsabilidade diante de terceiros, quer de natureza moral ou patrimonial, em razão de seu conteúdo, declarando, desde já, que a obra/material a ser entregue é original e não infringe quaisquer direitos de propriedade intelectual de terceiros.</li><li>Os autores concordam em ceder de forma plena, total e definitiva os direitos patrimoniais da obra/material à EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, a título gratuito e em caráter de exclusividade.</li><li>A CESSIONÁRIA empregará a obra/material da forma como melhor lhe convier, de forma impressa e/ou on line, inclusive no site do periódico da EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, podendo utilizar, fruir e dispor do mesmo, no todo ou em parte, para:</li></ol><ul><li>Autorizar sua utilização por terceiros, como parte integrante de outras obras.</li><li>Editar, gravar e imprimir, quantas vezes forem necessárias.</li><li>Reproduzir em quantidades que julgar necessária, de forma tangível e intangível.</li><li>Adaptar, modificar, condensar, resumir, reduzir, compilar, ampliar, alterar, mixar com outros conteúdos, incluir imagens, gráficos, objetos digitais, infográficos e hyperlinks, ilustrar, diagramar, fracionar, atualizar e realizar quaisquer outras transformações, sendo necessária a participação ou autorização expressa dos autores.</li><li>Traduzir para qualquer idioma.</li><li>Incluir em fonograma ou produção audiovisual.</li><li>Distribuir.</li><li>Distribuir mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permite ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda e nos casos em que o acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário.</li><li>Incluir e armazenar em banco de dados, físico, digital ou virtual, inclusive nuvem.</li><li>Comunicar direta e/ou indiretamente ao público.</li><li>Incluir em base de dados, arquivar em formato impresso, armazenar em computador, inclusive em sistema de nuvem, microfilmar e as demais formas de arquivamento do gênero;</li><li>Comercializar, divulgar, veicular, publicar etc.</li><li>Quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a ser inventadas. </li></ul><ol><li>Os autores concordam em conceder a cessão dos direitos da primeira publicação (ineditismo) à revista, licenciada sob a CREATIVE COMMONS ATTRIBUTION LICENSE, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.</li><li>Os autores autorizam a reprodução e a citação de seu trabalho em repositórios institucionais, página pessoal, trabalhos científicos, dentre outros, desde que a fonte seja citada.</li><li>A presente cessão é válida para todo o território nacional e para o exterior.</li><li>Este termo entra em vigor na data de sua assinatura e é firmado pelas partes em caráter irrevogável e irretratável, obrigando definitivamente as partes e seus sucessores a qualquer título.</li><li>O não aceite do artigo, pela EDITORA UNIVERSITÁRIA CHAMPAGNAT, tornará automaticamente sem efeito a presente declaração.</li></ol> O Ser Humano entre a Angústia e a Coragem https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31181 <p>Este artigo é um estudo sobre antropologia teológica. Baseia-se, sobretudo, no teólogo protestante teuto-estadunidense Paul Tillich em diálogo com outros autores. De Tillich, tem por base conceitual de forma central o livro <em>A Coragem de Ser</em>, a partir do qual desenvolve uma antropologia desde os conceitos de angústia e coragem. O artigo investiga as tensões existenciais que moldam a experiência humana. Através de um diálogo entre Tillich e outros autores, examinamos a resistência do ser humano contra a coisificação, que ocorre quando o ser humano é reduzido a uma peça impessoal no mundo. A relação intrínseca entre o <em>eu</em> e o mundo é central na antropologia tillichiana, onde a formação da pessoa ocorre no encontro com outras pessoas, apontando para a importância da relacionalidade na construção da identidade humana. Ao analisarmos a coragem como resposta à ameaça do não-ser, seguindo a abordagem de Tillich, destacamos sua raiz teológica a partir da fé como aceitação existencial do incondicional. Essa afirmação da vida, contendo todas as suas ambiguidades, diante da ameaça do não-ser abre para uma verdadeira relacionalidade, ao fundamentar-se no Novo Ser. Concluímos evidenciando que a antropologia teológica não busca seguranças, mas se abre para a incerteza da vida concreta. Este estudo visa contribuir para a abordagem teológica das complexidades da condição humana, oferecendo uma análise crítica das dinâmicas contemporâneas e contribuindo para a compreensão mais profunda do ser humano e do significado da resposta de fé a partir da coragem e não do dogmatismo.</p> Pablo Fernando Dumer Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 143 156 10.7213/2175-1838.16.001.AO01 Contribuições da etnopsicologia e da perspectiva afrocentrada para o campo do aconselhamento multicultural https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31279 <p class="Resumo"><span lang="ES-MX">O aconselhamento multicultural comprometido com um fazer decolonial tem representado um desafio em diferentes partes do mundo, sobretudo tendo em vista que a ruptura com os saberes hegemônicos é um processo histórico e complexo. Este estudo teórico tem como objetivo refletir sobre a necessidade de o aconselhamento multicultural e outras perspectivas, a exemplo da etnopsicologia, dialogarem com esses saberes tradicionais, possibilitando a construção de um cuidado afrocentrado ou afro-referenciado capaz de reorientar um fazer profissional ainda sustentado em modelos biomédicos e branco-centrados no que tange à escuta clínica. São apresentadas reflexões sobre casos atendidos no contexto de um serviço de apoio psicológico construído para atendimento a uma comunidade frequentadora de um terreiro de umbanda em uma cidade de médio porte localizada no interior do estado de São Paulo, Brasil. Recusarmo-nos a um olhar euro-americano para a clínica emergente nesse contexto é uma forma de combatermos o olhar do colonizador, que é opressor e que aprisiona as liberdades identitárias, individuais e coletivas. Assim, na clínica etnopsicológica, todo relato individual deve estar comprometido com a escuta de uma coletividade e de uma ancestralidade, a fim de que a pessoa não seja submetida a um processo de culpabilização por suas condições psíquicas, mas que essa subjetividade possa ser apreendida dentro de um panorama coletivo e cultural que também se corporifica na história desse sujeito.</span></p> Fabio Scorsolini-Comin Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 157 169 10.7213/2175-1838.16.001.AO02 A Eclesiologia de São Boaventura de Bagnoregio no Hexaëmeron: seus traços na Lumen Gentium https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31139 <p>E</p> <p>Este artigo apresenta a eclesiologia de S. Boaventura de Bagnoregio, doutor da Igreja, na sua obra Collationes in Hexaëmeron, e seus traços na Lumen Gentium, buscando assim colher as influências da eclesiologia bonaventuriana na eclesiologia conciliar. A eclesiologia de Boaventura é caracterizada por ser profundamente cristocêntica, bíblica e espiritual ou ascético-mística. Cristocêntrica (o que é característica de toda a obra teológica bonaventuriana), pois segundo ele na Igreja governa Cristo Pontífice, luz dos Povos, como dirá a Lumen Gentium, do qual a Igreja é como a lua que iluminada por este Sol, Cristo, ilumina, por sua vez, a todos os homens; bíblica, pois nesta obra ele compara as idades ou etapas da Igreja (desde Adão até Cristo) com os dias da criação. Para além disso, ele recorre diversas vezes à leitura simbólica dos textos bíblicos relativos à Igreja, na esteira dos Padres da Igreja; espiritual e ascético-mística, pois para ele a hierarquia celeste é iluminativa da Igreja militante. Ao celebrar-se no ano 2024 os 60 anos da constituição dogmática sobre a Igreja Lumen Gentium, um dos documentos basilares do Concílio Vaticano II, este artigo traz a contribuição eclesiológica deste ilustre teólogo do medievo, e demonstra como estes traços se encontram presentes neste documento conciliar, o qual se caracterizou, como se faz claro já no seu proêmio – onde se recorre a uma linguagem imagética e tipológica -, por um retorno aos Padres da Igreja e a alguns teólogos do medievo.</p> Meque Augusto Macumo Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 170 186 10.7213/2175-1838.16.001.AO03 Evangelização na Amazônia https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/30869 <p>A inculturação do Evangelho foi uma das preocupações do Vaticano II. Em sua recepção, pela Igreja na América Latina, esta temática foi tomada a sério a partir da Conferência de Puebla (1979). Em sintonia com o magistério, desenvolvia-se, então, a nascente Teologia da Libertação, contribuindo para o processo de inculturação eclesial e do Evangelho. A <em>Exortação Pós-sinodal Querida Amazônia</em> (<em>QAm</em>) propõe uma evangelização radicalmente inculturada no território pan-amazônico. Na resposta a essa proposta, a teologia também deverá oferecer sua contribuição, como se tenta expor neste estudo. Explicita-se o tema em quatro momentos: 1) magistério conciliar, culturas e teologia; 2) recepção do Concílio na A. Latina; 3) paradigma da inculturação do Evangelho na Igreja latino-americana; 4) linhas para a evangelização inculturada e teologia, seguidos de considerações sobre as possibilidades da reflexão teológica libertadora. Propõe-se que o quefazer teológico, na linha tradição teológica e eclesial latino-americana e do Caribe, requer conversão de seus autores(as), devendo-se superar o espírito colonialista, para dialogar com as culturas, espiritualidades e as tradições dos povos amazônicos.</p> Francisco Chagas De Albuquerque Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 187 203 10.7213/2175-1838.16.001.AO04 Presença do luteranismo no Brasil https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31230 <p class="Corporesumo">A presença do luteranismo está intrinsecamente ligada à imigração alemã no Brasil, a partir de 1824. Há iniciativas em acionar memórias do processo da existência de 200 anos do luteranismo no Brasil, em especial, pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). O objetivo deste artigo é analisar relações entre ecumenismo e luteranismo, na perspectiva da doutrina trinitária interpretada por Martinho Lutero. O luteranismo é um fenômeno cultural, teológico, religioso e filosófico de leque amplo e complexo. Na história do luteranismo encontramos a vertente ortodoxa da interpretação dos símbolos ecumênicos, bem como a corrente racionalista, que propôs a rejeição ou superação da doutrina trinitária. Ambas formaram o luteranismo no Brasil, que em seus inícios, viveu na diáspora e foi vítima da segregação religiosa e política. Há muitas décadas, o luteranismo está construindo pontes ecumênicas. Nesse amplo tema sobre o ecumenismo, este artigo enfatiza, breve e provisoriamente, a doutrina trinitária, que é o eixo norteador de todas as igrejas cristãs históricas. Assim, este trabalho propõe reflexões para que a teologia trinitária, interpretada por Lutero, mobilize Igrejas cristãs ao entendimento a partir de suas bases confessionais comuns. <br />A investigação bibliográfica é a metodologia utilizada com base na literatura especializada e em dados <em>on-line</em>.</p> Euler Renato Westphal Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 07 21 10.7213/2175-1838.16.001.DS01 Hermenêutica “Confessional” Protestante Luterana https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31320 <p>A teologia protestante, e luterana em particular, deu novo impulso para a hermenêutica, resultando em reflexões importantes no campo da teologia, mas também de outras ciências. O objetivo deste artigo é apresentar reflexões da hermenêutica a partir da perspectiva protestante luterana por ocasião dos 200 anos de presença luterana permanente no Brasil (2024). Por “hermenêutica” entendemos a ciência que busca pela interpretação. Por “confessional” entendemos uma hermenêutica não limitada à recitação de verdades do passado – inclusive luteranas –, mas uma hermenêutica que precisa ter algo a “dizer”, a “confessar” para o nosso tempo, portanto, ser palavra “para nós”. Finalmente, por “protestante luterana” – e não Lutero! – entendemos não mera reprodução do pensamento de Lutero, mas a tradição teológica <em>protestante</em> oriunda e inspirada na teologia do reformador do século XVI, mas como um dizer e “confessar” face ao tempo e desafios atuais da humanidade.</p> Wilhelm Wachholz Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 22 36 10.7213/2175-1838.16.001.DS02 A excomunhão de Lutero https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31315 <p>O artigo tem como objetivo analisar elementos históricos e teológicos na excomunhão de Lutero, perguntando sobre o sentido da sua continuidade hoje. Mostra que as controvérsias sobre as indulgências eram apenas o pano de fundo no qual Lutero propôs reformas na Igreja do seu tempo, o que não foi acatado e levou Leão X a excomungá-lo. Com o método da pesquisa de análise qualitativa da bibliografia sobre o tema proposto, o estudo aponta caminhos para uma revisão da excomunhão hoje. A conclusão é que os atuais progressos nas pesquisas históricas e teológicas, bem como no diálogo ecumênico, indicam possibilidades de reconhecer elementos da fé católica em Lutero e da fé de Lutero no documento papal que o excomunga, a <em>Exsurge Domine</em>. Muito da Reforma pode ser acolhida como herança comum para católicos e protestantes, possibilitando hoje um melhor entendimento da pessoa de Lutero e de suas Teses, o que cria bases para uma revisão e mesmo de declaração de nulidade da excomunhão para os dias atuais.<strong> </strong></p> Elias Wolff Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 37 53 10.7213/2175-1838.16.001.DS03 Comunicação, polêmicas e fake news https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31415 <p>A invenção da impressão por tipos metálicos móveis por Johannes Gutenberg em meados do século 15 iniciou uma revolução midiática que daría origem a uma nova geração de “nativos da impressão”. Os reformadores, especialmente Martim Lutero, logo reconheceram o enrome potencial que esta nova tecnología tinha e utilizaram-na para propagar a Bíblia, mas também seus próprios escritos, fazendo de Lutero o autor individual mais impresso no século 16. Ele entendeu que isso era da vontade e feita do próprio Deus. Essa ampla divulgação foi um elemento decisivo para a sobrevivência e o sucesso da Reforma. Tal como a revolução digital mais recente produziu uma expansão gigantesca da comunicação, e com ela também de polêmicas e de <em>fake news. </em>No entanto, Lutero também organizou a reimpressão de oponentes – inclusive do Corão – para melhor efeito do argumento contra eles.</p> Thomas Kaufmann Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 54 67 10.7213/2175-1838.16.001.DS04 Lutero e a experiência do Abscôndito da Cruz https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31204 <p>No final de abril de 1518, Lutero é convocado à cidade de Heidelberg. Lutero vai direto ao ponto e fala sobre a natureza de Deus e a natureza da criatura humana presa no pecado. Tais afirmações constituíram uma mudança no debate teológico ocidental, bem como a maneira de Deus lidar com o mal e o que significa ser “humano”. A Disputa de Heidelberg é considerada especial tanto histórica quanto teologicamente. Lutero buscou apresentar uma nova estrutura conceitual para pensar sobre Deus e a criatura humana. Ele forneceu uma nova base ou conjunto de pressupostos para proclamar a mensagem do Evangelho. Este artigo aborda o aspecto profundo da teologia da cruz (Theologia Crucis) de Lutero, trazendo à tona sua necessidade de buscar um equilíbrio entre o racional e o existencial na vida cristã.</p> Fernando Batista de Campos Odilon Duffeck Jéssica Lais Kriese Duffeck Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 68 82 10.7213/2175-1838.16.001.DS05 Uma igreja em busca de sua cidadania https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31377 <p class="Corporesumo">O luteranismo no Brasil instalou-se a partir da Constituição Imperial do Brasil independente, que admitiu “acatólicos” no país, ainda que com restrições. Estas restrições originaram a primeira luta pela cidadania, focada nos direitos das pessoas imigrantes e sua prática religiosa. Após as guerras mundiais, a segunda luta pela cidadania implicou em assumir-se não mais como “igreja alemã”, mas como igreja brasileira, com todos os direitos e deveres dali decorrentes. Após o Manifesto de Curitiba (1970), em plena ditadura militar, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – maior, mas não única presença de luteranismo no Brasil, foco deste artigo – começou a participar cada vez mais da esfera pública, com manifestações e ações especialmente educacionais e diaconais. Sendo ao mesmo tempo confessional e ecumênica, busca viver estas dimensões em meio ao pluralismo religioso e à polarização política. A presente pesquisa está baseada em pesquisas bibliográficas e documentais especialmente do período entre 1985 e 2002, com atualizações posteriores, e em análises teológicas.</p> Rudolf von Sinner Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 83 101 10.7213/2175-1838.16.001.DS06 Branquitude e privilégio branco na formação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31223 <p>Este artigo discutirá as questões raciais e o privilégio branco como conceitos estruturantes da sociedade brasileira e suas implicações na formação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil tendo como base o referencial teórico-analítico de branquitude. Deste modo lançará luzes sobre os privilégios concedidos para as pessoas brancas ao longo do processo de formação da sociedade Brasileira, principalmente, após a Independência e Proclamação da República. Neste período as pessoas brancas eram tidas como sinal de desenvolvimento e as pessoas negras e indígenas eram consideradas como sendo as responsáveis pelo atraso do Brasil. Portanto, é neste cenário de privilégios para as pessoas brancas que as primeiras comunidades luteranas são fundadas e marcam a colonização da Região Sul e do Espírito Santo. Neste sentido, no Brasil, o luteranismo está marcado pelo pertencimento étnico e pela preservação da germanidade. Portanto, o desafio para a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil é tornar-se uma igreja pluriétnica, denunciar o racismo como pecado e iniciar um processo de luta antirracista para torna-se de fato uma Igreja no Brasil.</p> Günter Bayerl Padilha Oneide Bobsin Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 102 117 10.7213/2175-1838.16.001.DS07 Uma leitura de “A Igreja e sua responsabilidade social”, de Ernesto Schlieper (1963) https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31443 <p>Ernesto Theóphilo Schlieper foi uma das figuras mais influentes na consolidação da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em seu processo de nacionalização, tanto no sentido de assumir-se como uma igreja brasileira, como em sua articulação em diferentes regiões do país; em sua abertura ecumênica; e no desenvolvimento da consciência de sua responsabilidade social. Por meio de uma análise bibliográfica e documental, o presente artigo objetiva refletir acerca dos desenvolvimentos do luteranismo brasileiro na relação com o movimento ecumênico nacional e internacional e na sua abertura para a reflexão acerca das questões próprias da vida pública brasileira e seus desafios sociais. Tomando como referência o texto “A Igreja e sua responsabilidade social”, de Ernesto Schlieper, localiza-se o luteranismo das décadas de 1950 e 1960 em seu contexto teológico, religioso, institucional e sócio-político. Em perspectiva histórica, apresentam-se as linhas gerais da teologia pública produzida por Schlieper na relação com as questões próprias da igreja luterana, com o ecumenismo de seu tempo e com sua herança teológica europeia.</p> Jefferson Zeferino Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 118 131 10.7213/2175-1838.16.001.DS08 UMA VIDA RESPONSÁVEL https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/25485 <p>O presente artigo apresenta uma análise da obra <em>Ética</em>, do teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, destacando-se um estudo que o autor faz sobre a vida responsável, e a estrutura dela parametrizada por ele. Propõe-se uma breve introdução ao contexto histórico do autor, um histórico sobre o conceito não inédito de “ética da responsabilidade”, que pode ter sido usado como base de Bonhoeffer para o desenvolvimento da estrutura da vida responsável. Após isso, é feita uma breve exposição dos conceitos que compõem essa estrutura, os quais são: representatividade, conformidade com a realidade e liberdade. Por último, é feita uma aplicação desses conceitos à vida cristã contemporânea. Foram usados como referência para a análise da obra e do conceito os artigos de CÂMARA (2003) e RODRIGUES (2011). Para a análise do contexto histórico, recorreu-se a GIBELLINI (2002) e GUNDRY (1983), enquanto que para a aplicabilidade contemporânea, analisou-se DENVER (2016), ORTIZ (1983) e RABEY (2004).</p> Lucas dos Santos Ferreira Edilson Soares de Souza Copyright (c) 2024 Editora Universitária Champagnat 2024-05-09 2024-05-09 16 1 132 142 10.7213/2175-1838.16.001.DS09 Lutero, Luteranismo e Ecumenismo https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/31543 <p>.</p> Rudolf von Sinner Waldir Souza Copyright (c) 2024 Revista Pistis & Praxis 2024-05-09 2024-05-09 16 1 1 6 10.7213/2175-1838.16.001.ED01