@article{Freitas_2015, title={Graça, fé e caridade: notas sobre o livre-arbítrio e a salvação no pensamento jesuítico}, volume={7}, url={https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/2734}, DOI={10.7213/revistapistispraxis.07.002.ao03}, abstractNote={<p>A Reforma Católica ratificou que, não obstante o papel imprescindível da graça divina, o valor moral do livre-arbítrio e, portanto, das ações humanas eram também determinantes para a salvação das almas. Neste artigo, pretendemos discutir os desdobramentos dessa questão no pensamento jesuítico. Para isso, iremos explorar, primeiramente, os escritos fundadores da ordem — os <em>Exercícios Espirituais </em>e as <em>Constituições </em>— no que concerne à soteriologia proposta por Santo Inácio de Loyola. Veremos que sua concepção de salvação estava relacionada ao entendimento filosófico pré-conciliar e escolástico a respeito do lugar ontológico do gênero humano na ordem da Criação. Em seguida, apresentaremos as contribuições teológicas propostas pelo jesuíta Luis de Molina, cuja teoria — ao propor a distinção entre <em>graça suficiente </em>e <em>graça eficiente </em>— logrou conciliar o papel da Providência divina e a importância do livre-arbítrio no concurso da salvação. Enfim, nossa intenção é demonstrar que essa concepção da remissão ajudou a compor o <em>ethos </em>jesuítico, visto que a ordem representava um modelo de espiritualidade e de ação que se projetava no mundo: herdeira da vocação apostólica num momento em que as fronteiras do mundo conhecido se dilatava; ir pregar aos novos gentios era a <em>missio </em>colocada aos jesuítas. As boas obras — notadamente as obras missionárias espalhadas por todo o Orbe — cumpririam uma função salvífica em coautoria com a Providência, pois, ajudando os homens a ingressarem no grêmio da Igreja, os jesuítas estariam contribuindo para a realização do reino de Deus.</p>}, number={2}, journal={Revista Pistis & Praxis}, author={Freitas, Ludmila Gomides}, year={2015}, month={set.}, pages={495–512} }