@article{Renders_2015, title={Religio cordis brasiliensis e espaço público: entre a rejeição, a dinamização e a indiferença diante de um projeto de cristianismo cidadão}, volume={7}, url={https://periodicos.pucpr.br/pistispraxis/article/view/13004}, DOI={10.7213/revistapistispraxis.07.001.ao02}, abstractNote={<p>A religião <em>cordis</em> é uma expressão transconfessional da fé cristã que marcou o Brasil desde a época colonial até a fase ultramontanista e que ganhou adeptos protestantes, especialmente evangélicos (reprodução do livro emblemático do autor católico Johannes Evangelista Gossner por presbiterianos, metodistas, batistas, luteranos e pentecostais; uso do coração em logotipos da Igreja Metodista Wesleyana e da Igreja Universal do Reino de Deus).Todos esses movimentos eram, em território brasileiro, ou defensores da escravidão, ou inimigos da República, ou ficaram longe das lutas sociais, senão até colaboraram com a ditadura. Essa constatação me levou à afirmação de que a <em>religio cordis brasiliensis</em> poderia ser chamada de religião cordial, a religião do “homem cordial”, segundo o uso de S. Buarque de Holanda; em outras palavras: uma religiosidade antirrepublicana. Por outro lado, há uma linha da <em>religio cordis </em>pouco explorada no Brasil. Nos séculos XII e XIII, surgiu uma forma feminina da <em>religio cordis </em>na base das cantigas dos trovadores, cujas proponentes se tornaram pessoas públicas; na Reforma, criou-se uma vertente não misticista da <em>religio cordis.</em> Isso começa com os brasões de Lutero e de Calvino e evidencia-se especialmente pelos livros emblemáticos da calvinista Georgette de Montenay e do luterano Daniel Cramer, bem como, no século XVIII, pela forma como John Wesley reconecta afetividade e presença profética, por exemplo, em sua luta contra a escravidão. Finalmente, houve, no século XX, tentativas protestantes e católicas sérias de reler a <em>religio cordis</em> como modelo para um engajamento cristão não tecnocrata nem burocrata, mas solidário.</p><p class="MsoNormal" style="margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-bottom: 1.0cm; margin-left: -.25pt; text-indent: -.5pt; line-height: 137%;"><em><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; line-height: 137%; font-family: ’Franklin Gothic Book’,sans-serif; mso-fareast-font-family: ’Franklin Gothic Book’; mso-bidi-font-family: ’Franklin Gothic Book’;">Religio cordis</span></em><span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 11.0pt; line-height: 137%; font-family: ’Franklin Gothic Book’,sans-serif; mso-fareast-font-family: ’Franklin Gothic Book’; mso-bidi-font-family: ’Franklin Gothic Book’;">. Espiritualidade. Esfera pública. Cidadania.</span></p>}, number={1}, journal={Revista Pistis & Praxis}, author={Renders, Helmut}, year={2015}, month={set.}, pages={195–226} }