Teologia e niilismo pós-moderno: a subjetividade vulnerável como locus theologicus no pensamento de Carlos Mendoza Álvarez
DOI:
https://doi.org/10.7213/2175-1838.09.003.AO05Resumo
Busca-se explicitar o novo paradigma para uma teologia da revelação no contexto pós-moderno, desenvolvida ao longo de 25 anos pelo teólogo mexicano Carlos Mendoza Álvarez. O frei dominicano, em contínua recepção criativa do Concílio Ecumênico Vaticano II, mais especificamente, da Constituição Dogmática Dei Verbum, assume a fenomenologia da subjetividade (pós)moderna como lugar da revelação do Deus absconditus; visto que a experiência do devir da subjetividade é um rastro da transcendência inscrita no coração da imanência. Assim, de maneira inédita no contexto latino-americano, dá-se a assunção do niilismo pós-moderno como locus theologicus. Compreendendo que a subjetividade é nossa maneira de ser no mundo, descreve-se a constituição da subjetividade vulnerável pós-moderna em sua relação constitutiva com a alteridade e com a transcendência, como lugar do nosso encontro com Deus. Partindo, pois, do realismo ontológico do niilismo, o teólogo mexicano aposta no desenvolvimento de uma ontologia relacional na gratuidade, por meio da qual será possível afirmar tanto a livre iniciativa divina em salvar-nos como a liberdade humana na recepção do dom, abrindo assim espaço para uma nova síntese sapiencial ao modo de Atenas e Jerusalém. Com este texto, pois, descreve-se a via imanente da revelação divina, através da experiência da subjetividade vulnerável aberta e em doação.
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