Impostorismo e perfeccionismo desadaptativo na formação médica: uma revisão à luz da Terapia Cognitivo-Comportamental

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7213/psicolargum.39.103.AO08

Palavras-chave:

Estudantes de Medicina. Impostorismo. Perfeccionismo desadaptativo. Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).

Resumo

Impostorismo e perfeccionismo desadaptativo apresentam significativa prevalência na população de estudantes de Medicina. Relacionadas à ansiedade e à depressão, causam sofrimento psíquico, prejuízo acadêmico e outros impactos sobre a saúde física e mental dos indivíduos afetados. O presente estudo consistiu em uma revisão narrativa da literatura atinente ao tema, com o objetivo de introduzi-lo a educadores e acadêmicos envolvidos com a formação médica no Brasil. Guiou-se pela hipótese de que os fenômenos têm origem em esquemas disfuncionais de pensamento, emoções e comportamentos, sendo assim passíveis de prevenção e tratamento por técnicas de Terapia Cognitivo-Comportamental. O levantamento bibliográfico foi realizado pelas bases PsycNET, PubMed, BVS e SciELO até maio de 2020, utilizando-se os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e da Terminologia em Psicologia da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sem prejuízo de outras fontes de consulta. Embora sejam praticamente inexistentes os dados disponíveis na literatura nacional até o momento, verificou-se que têm crescido os trabalhos estrangeiros sobre o assunto. Estes sustentam que a população médica é particularmente acometida por tais síndromes em razão de processos psicológico-cognitivos que podem desenvolver-se durante a infância e a adolescência e manifestar-se no início da vida adulta, sendo deflagrados por circunstâncias ambientais ligadas ao curso. De acordo com a literatura estudada, é possível prevenir ou mitigar as manifestações clínicas do impostorismo e do perfeccionismo desadaptativo por meio de intervenções cognitivo-comportamentais. Porém, são também necessárias ações em âmbito social e institucional que promovam mudanças na cultura médica e em sua formação.

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Biografia do Autor

Luiz König, Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)

Graduando em Medicina (Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR), campus Curitiba – PR – Brasil (2016-atual); Especialista (pós-graduação lato sensu) em TCC (Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva – IPTC), Curitiba – PR – Brasil (2018-2020); Bacharel em Psicologia e Psicólogo clínico (Universidade Paulista – UNIP), campus Marquês – São Paulo – SP – Brasil (1999-2003).

Priscila Palma, Universidade de São Paulo (USP) - campus Ribeirão Preto

Mestre e Doutora em Psicologia (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo – USP); Especialista (pós-graduação lato sensu) em TCC e Neuropsicologia clínica (Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva – IPTC), Curitiba – PR; Bacharel em Psicologia (Faculdade Assis Gurgacz – FAG), Cascavel – PR. Supervisora de atendimentos clínicos em TCC. Integrante do Laboratório de Pesquisa e Intervenção Cognitivo Comportamental (LaPICC-USP). Psicóloga clínica na abordagem da TCC.

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Publicado

2020-10-29

Como Citar

König, L., & Palma, P. (2020). Impostorismo e perfeccionismo desadaptativo na formação médica: uma revisão à luz da Terapia Cognitivo-Comportamental. Psicologia Argumento, 39(103), 158–176. https://doi.org/10.7213/psicolargum.39.103.AO08

Edição

Seção

Artigos