O concílio do Vaticano II ou igreja em continuo Aggiornamento

Autores

  • Mário de França Miranda

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.6106

Palavras-chave:

Igreja, Concílio, Aggiornamento, Diálogo.

Resumo

O autor sintoniza com uma perspectiva extremamente cara a João XXIII e essencial para a compreensão do Concílio. O Vaticano II não é, em primeiro lugar, um concílio de temas, mas um concílio de atitudes. E a atitude fundamental que se exige de uma Igreja que realiza a sua missão na história e, portanto, sempre em novos contextos,declina-se em duas palavras: aggiornamento e diálogo. Aquilo que, para muitos, seria a fraqueza do Concílio – apontada especialmente em seu primeiro período (outubro/dezembro de 1962) – revela-se, ao contrário, justamente como a sua perspectiva de fundo. Aggiornamento e diálogo nos ajudam a perceber, em temas aparentemente tão diversos como liturgia, revelação, presença no mundo, o mesmo dinamismo propulsor,cujo fundamento último é o mistério da encarnação.

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Biografia do Autor

Mário de França Miranda

Doutor em teologia pela Universidade Gregoriana de Roma, professor na PUC-Rio.

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Publicado

2012-10-06

Como Citar

Miranda, M. de F. (2012). O concílio do Vaticano II ou igreja em continuo Aggiornamento. Revista Pistis & Praxis, 4(2), 395–420. https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.6106

Edição

Seção

Dossiê