Bioética: interpelação à Igreja como comunidade de discernimento

Autores

  • Élio Estanislau Gasda Faculdade de Teologia dos Jesuítas (Faje).

DOI:

https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.7681

Palavras-chave:

Bioética, Espiritualidade, Discernimento, Sensus fidelium.

Resumo

O texto propõe uma reflexão da Bioética sob o enfoque da espiritualidade. Depois de apresentar um breve registro antropológico, constata-se o acirramento do debate provocado pelo rápido desenvolvimento das ciências biotecnológicas. Setores da Igreja sentem-se diretamente envolvidos. Os teólogos não só participaram no surgimento da Bioética, como a mesma atingiu os alicerces da ética teológica. Diante do fenômeno da privatização do corpo e do fato eclesiológico do Concilio Vaticano II, é visível o fosso entre a reflexão teológica e o ensino do Magistério. Para uma bioética de inspiração cristã, a espiritualidade não deveria ser um acessório. Ela permite resgatar o sensus fidelium que faz da Igreja uma comunidade de discernimento.

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Biografia do Autor

Élio Estanislau Gasda, Faculdade de Teologia dos Jesuítas (Faje).

Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Comillas de Madrid, professor de Teologia na Graduação e no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Teologia dos Jesuítas (Faje), membro da Equipe de Reflexão Teológica da Conferencia dos Religiosos do Brasil (CRB), Belo Horizonte, MG - Brasil.

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Publicado

2013-10-24

Como Citar

Gasda, Élio E. (2013). Bioética: interpelação à Igreja como comunidade de discernimento. Revista Pistis & Praxis, 5(1), 207–230. https://doi.org/10.7213/revistapistispraxis.7681

Edição

Seção

Dossiê