Conceitos de “prática” no campo educacional: história conceitual e teoria das representações sociais em foco

Autores

  • André Augusto Diniz Lira Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
  • Lúcia Villas Bôas Fundação Carlos Chagas (FCC) e Universidade Cidade de São Paulo (Unicid)

DOI:

https://doi.org/10.7213/1981-416X.20.066.DS03

Resumo

Neste artigo pretendemos empreender uma reflexão sobre os conceitos de prática (social, educativa, pedagógica, docente) por meio da história conceitual e das contribuições possíveis advindas da Teoria das Representações Sociais (TRS). Analisamos, primeiramente, o debate sobre as práticas no campo científico educacional, a seguir, seus desdobramentos em obras de referência lexicográfica, e, por fim, as contribuições que emergem dos estudos da TRS. Para tanto, lançamos mão de uma pesquisa lexicográfica para apreender a narrativa semântica em desenvolvimento em obras de referência, tendo um corpus de 10 dicionários e 4 glossários técnicos de educação, produzidos no Brasil ou traduzidos para língua portuguesa, desde a década de 1970, com o intuito de considerar obras que tiveram maior circulação em nosso meio. Verificamos que os conceitos de prática social, prática educativa, prática pedagógica e prática docente se estabelecem, sobretudo, a partir da década 2000 e, embora se apresentem em diferentes perspectivas, notamos que ora se caracterizam por uma visão mais associada à transformação no contexto educacional, ora por um compromisso com a inteligibilidade dos processos ocorridos nesse âmbito. Esse trajeto sinaliza para os desafios e as lacunas no tocante ao entendimento dessas práticas, partindo de abordagens mais plurais e integradas do agir docente.

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Biografia do Autor

André Augusto Diniz Lira, Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)

Professor do Programa de Pós-graduação em Educação da UFCG. Pesquisador Associado ao Centro Internacional de Estudos em Representações Sociais e Subjetividade- Educação (CIERS-Ed) da Fundação Carlos Chagas. Estágio pós-doutoral em Educação na Fundação Carlos Chagas. Estágio Pós-doutoral em Linguística Aplicada no Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem da UFRN. Doutor, Mestre e Especialista em Educação pela UFRN; Especialista em Bíblia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Licenciado em Psicologia e Formação de Psicólogo pela UEPB. 

Lúcia Villas Bôas, Fundação Carlos Chagas (FCC) e Universidade Cidade de São Paulo (Unicid)

Possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1996), Licenciatura Plena em História pela Universidade de São Paulo (1996), Mestrado em Educação: Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003), Doutorado em Educação: Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2008) e Pós-Doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (2010, EHESS, França). Atualmente, é Diretora-Vice-Presidente Operacional da Fundação Carlos Chagas, Coordenadora da Cátedra UNESCO sobre Profissionalização Docente (FCC), responsável científica da Cátedra Franco-Brasileira Serge Moscovici (FCC/Consulado Geral da França em São Paulo) e docente/pesquisadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação e do Programa de Mestrado Profissional Formação de Gestores Educacionais, ambos da Universidade Cidade de São Paulo.

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Publicado

2020-09-10

Como Citar

Diniz Lira, A. A., & Villas Bôas, L. (2020). Conceitos de “prática” no campo educacional: história conceitual e teoria das representações sociais em foco. Revista Diálogo Educacional, 20(66), 989–1014. https://doi.org/10.7213/1981-416X.20.066.DS03