Deus está morto? Considerações sobre fundamentalismo, fechamento identitário e violência na contemporaneidade

Autores

  • Diogo Bogéa Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.AO02

Palavras-chave:

Morte de Deus, Vontade de verdade, Fundamentalismo

Resumo

Investigação do significado e dos principais desdobramentos da chamada “morte de Deus” em Nietzsche, a partir de uma leitura atenta dos três aforismos de A Gaia Ciência que abordam mais claramente a questão, a saber: O homem louco, No horizonte infinito e Novas lutas. Caracteriza-se a morte de Deus como morte do absoluto incondicionado da metafísica. Diante deste diagnóstico, discutiremos o perigo de uma retomada nostálgica dos fundamentos absolutos. A partir dessas indicações, tentaremos pensar as diversas manifestações de fundamentalismos, fechamentos identitários e discursos violentos que circulam na contemporaneidade. Em nossas considerações finais, a preocupação não foi apresentar alguma “saída”, mas insistir no aprofundamento da crise, no enfrentamento da angústia de viver num mundo “sem fundamentos” como passo necessário para o surgimento de novas possibilidades existenciais.

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Biografia do Autor

Diogo Bogéa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor de Filosofia na Faculdade de Filosofia da UERJ. Doutor e Mestre em Filosofia pela PUC-Rio. Graduado em História pela UERJ-FFP.

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Publicado

2021-08-31

Como Citar

Bogéa, D. (2021). Deus está morto? Considerações sobre fundamentalismo, fechamento identitário e violência na contemporaneidade. Revista De Filosofia Aurora, 33(59). https://doi.org/10.7213/1980-5934.33.059.AO02