Smart Cities no Brasil e em Portugal: o estado da arte

Autores

  • Maria Abadia Alves Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Ministério da Economia do Brasil
  • Ricardo Cunha Dias Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade de Lisboa (UL)
  • Paulo Castro Seixas Centro de Administração e Políticas Públicas, ISCSP_UL

Palavras-chave:

Smart Cities, Portugal, Brasil, Políticas de Cidade.

Resumo

Este texto analisa o estado da arte das Smart Cities no Brasil e em Portugal, procurando mapear e caracterizar os projetos existentes, identificar os serviços/setores objeto de inovação e os principais constrangimentos e desafios nos dois países. Recorrendo a uma revisão da literatura sobre o tema, os resultados mostram que, apesar de as Smart Cities configurarem já uma política de modelação urbana, evidenciada por índices e rankings, ambos os países parecem não ter ultrapassado uma primeira fase (Smart Cities 1.0), ou seja, de infraestruturação tecnológica. Os exemplos de tecnologia integrada como suporte de planejamento estratégico urbano (Smart Cities 2.0) é incipiente e a cocriação urbana pelos habitantes e city-users (Smart Cities 3.0) reduz-se a casos.

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Como Citar

Alves, M. A., Dias, R. C., & Seixas, P. C. (2019). Smart Cities no Brasil e em Portugal: o estado da arte. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/25319

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