OS IMPACTOS DA CRISE HÍDRICA SOBRE A POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS – SP (2012 – 2016)

Autores

  • Julia Lopes da Silva Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Patricia Rodrigues Samora FAUUSP/ Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palavras-chave:

gestão urbana, crise hídrica, justiça ambiental.

Resumo

A recente crise hídrica vivenciada no sudeste brasileiro pode ser considerada uma “crise anunciada”, fruto principalmente do gerenciamento inadequado dos recursos hídricos e da ocupação indevida das áreas produtoras de água. O período de seca resultou em extensas consequências, as quais afetaram tanto os ecossistemas naturais quanto os moradores da região, que se viram privados deste recurso essencial. Neste contexto, este artigo se propõe analisar por meio de revisão teórico-conceitual, levantamento documental e pesquisa de campo os impactos da seca sobre os moradores das bacias hidrográficas do Ribeirão Anhumas e do Rio Capivari (áreas que apresentam diferenças de qualidade de vida e de infraestrutura bastante discrepantes entre si), situadas no município de Campinas - SP, bem como suas vivências e percepções em relação a este evento de seca. Com isto, objetiva-se evidenciar os efeitos da injustiça ambiental observada no município, bem como a extrema relevância de espaços participativos e a necessidade de transparência e prestação de contas por parte dos órgãos gestores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acselrad, H. et al. (2008). O que é justiça ambiental? Rio de Janeiro: Garamond.

Alier, J. (2007). O ecologismo dos pobres. 2ª Ed. São Paulo: Contexto.

Antunes, P. B. (2017). Direito Ambiental. 19ª Ed. São Paulo: Atlas.

Brose, M.(org). (2001). Metodologia Participativa. Porto Alegre: Tomo.

Bueno, L.; Pera, C. (2014). Crise da Água nas Metrópoles? Ocupação dispersa planejada pelos investimentos públicos, ganância privada e desgovernança regional. In Anais do III Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (p. 1 - 17). São Paulo: ANPARQ.

Bullard, R. (1983). Confronting Environmental Racism. Voices from the Grassroots. Boston: South End Press.

Castro, G. (2015). Crise da água reflete também uma crise de informações, analisam especialistas. Jornal USP. Recuperado em 2 de outubro de 2017, de <http://www5.usp.br/100662/crise-da-agua-reflete-tambem-uma-crise-de-informacoes-analisam-especialistas/>.

Coriolano, G. P. et al. (2013). Estatuto da Cidade e seus instrumentos de combate às desigualdades socioterritoriais: o Plano Diretor Participativo de Palmas (TO). Revista Brasileira de Gestão Urbana, 5(2), 131-145.

Cruz, F. (2014). Assessor da Sabesp atribui crise a um fenômeno imprevisível: Antônio César participou do seminário “Crise da escassez hídrica no Brasil e seu gerenciamento no estado de São Paulo”. Revista Exame. Recuperado em 15 de outubro de 2017, de <http://exame.abril.com.br/brasil/assessor-da-sabesp-atribui-crise-a-um-fenomeno-imprevisivel/>.

Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados - SEADE (2013). Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS versão 2010. São Paulo: SEADE. Recuperado em 15 de agosto de 2017, de http://indices-ilp.al.sp.gov.br/view/pdf/ipvs/metodologia.pdf

Herculano, S. (2008). O clamor por justiça ambiental e contra o racismo ambiental. Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e do Meio Ambiente, 3(1), 1-20.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2010). Censo demográfico: população residente 1872 – 2010. Recuperado em 10 de outubro de 2018, de <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?=&t=series-historicas>,

Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC (2014). Climate Change 2014: Synthesis Report. Contribution of Working Groups I, II and III to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Geneva: IPCC. 151 p.

Jacobi, P. R. et al. (2015). Crise hídrica na Macrometrópole Paulista e respostas da sociedade civil. Revista Estudos Avançados, 29(84), 27 - 42.

Levin, J. et al. (2012). Estatística para ciências humanas. 11ª Edição. São Paulo: Pearson Education do Brasil.

Marengo, J. A. et al. (2015). A seca e a crise hídrica de 2014 – 2015 em São Paulo. Revista USP, n. 106 (p. 31 – 44), São Paulo.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Fundação João Pinheiro - PNUD, IPEA e FJP (2015). Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras: Baixada Santista, Campinas, Maceió e Vale do Paraíba. Brasília: PNUD, IPEA e FJP. 67 p.

Prefeitura Municipal de Campinas (2015). Campanha informa a situação do abastecimento no município de Campinas. Recuperado em 27 de outubro de 2016, de <http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=27474>

Reis, T. (2014). Início de 2014 em São Paulo é o mais quente da série histórica do Inmet. Jornal G1. Recuperado em 17 de outubro de 2018, de <http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/inicio-de-2014-em-sao-paulo-e-o-mais-quente-da-serie-historica-do-inmet.html>

Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A - SANASA. SANASA apresenta na Câmara Municipal plano para a crise hídrica. Recuperado em 28 de maio de 2014 de <http://www.sanasa.com.br/conteudo/conteudo2.aspx?par_nrod=1831&flag=P-A>

Santos, I.; Saito, C. (2006). A mitificação da participação social na política nacional de recursos hídricos – gênese, motivação e inclusão social. Geosul, 21(42), 7-27.

Secretaria Municipal de Habitação (2011). Plano Municipal Habitação de Campinas. Campinas.

Secretaria Municipal do Verde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (2016). Plano Municipal de Recursos Hídricos – Volume I: Panorama e estado dos recursos hídricos. 2ª Edição. Campinas:.

Silva, J. L. (2017). Crônica de uma seca anunciada: A crise hídrica em Campinas – SP e seus impactos sobre as populações das bacias hidrográficas do Ribeirão Anhumas e do Rio Capivari (2012 – 2016) (Dissertação de Mestrado). Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias, PUC-Campinas, Campinas.

Torres et al. (Org.) (2014). Atlas socioambiental da bacia do ribeirão das Anhumas. Campinas: Pontes Editores.

Torres, H. & Marques, E. (2001). Reflexões sobre a hiperperiferia: novas e velhas faces da pobreza no entorno metropolitano. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, 40, 49–70.

Tundisi, J. G. (2008). Recursos hídricos no futuro: problemas e soluções. Revista Estudos Avançados, 22(63), 7–16.

Valêncio, N. (2009). Da ‘área de risco’ ao abrigo temporário: Uma análise dos conflitos subjacentes a uma territorialidade precária. In: Valêncio, N. et al (Org.) Sociologia dos Desastres: Construção, interfaces e perspectivas no Brasil. São Carlos: RiMa Editora.

Villaça, F. (2012). Reflexões sobre as cidades brasileiras. São Paulo: Studio Nobel.

Downloads

Como Citar

da Silva, J. L., & Samora, P. R. (2019). OS IMPACTOS DA CRISE HÍDRICA SOBRE A POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS – SP (2012 – 2016). Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/24556

Edição

Seção

Artigos