Avaliação da influência do entorno no uso das estações de bicicletas compartilhadas

Autores

  • Paola Pol Saraiva Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED
  • Lauro André Ribeiro Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED
  • Alcindo Neckel Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED
  • Juliano Lima da Silva Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Arquitetura e Urbanismo da IMED
  • Richard Thomas Lermen Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Engenharia Civil da IMED

Palavras-chave:

mobilidade urbana, mobilidade ativa, bicicletas compartilhadas, estações de bicicleta

Resumo

O adensamento urbano causa inúmeros problemas de mobilidade, como os congestionamentos, os acidentes de trânsito e a dificuldade de deslocamento para a população. A busca de novas soluções para esses problemas de mobilidade urbana se tornou cada vez mais necessária para proporcionar melhor qualidade de vida à população. Nesse contexto, a Prefeitura Municipal de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, recentemente, implementou um sistema de compartilhamento de bicicletas, denominado “Passo Fundo Vai de Bici” para ajudar na solução do problema de mobilidade urbana. Assim, o presente trabalho tem como principal objetivo a análise desse sistema de compartilhamento de bicicletas, a fim de diagnosticar e caracterizar as estações de bicicletas e seus entornos. Por meio dessa análise, foi possível identificar as regiões com maior e menor potencial para viagens de bicicleta. Os resultados demonstraram que as características dos entornos das estações de bicicletas influenciam em sua utilização, com a constatação de que a presença de ciclovia é o fator mais influente quanto ao uso das bicicletas compartilhadas na cidade. Por meio desta pesquisa, tornou-se possível propor duas equações que permitem estimar o potencial de utilização de cada estação. Esses modelos matemáticos podem auxiliar a municipalidade na tomada de decisão quanto à implantação de novas estações.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ambrosino, G., Nelson, D. J., Boero, M., & Pettinelli, I. (2016). Enabling intermodal urban transport through complementary services: From Flexible Mobility Services to the Shared Use Mobility Agency. Transportation Economics, 59, 179-184. Doi: 10.1016/j.retrec.2016.07.015

Bandeira, A. S., Silva, K. S., Del Duca, G. F., Zilch, G. R., Oliveira, E. S. A., Barroa, M. G. V., & Nahas, M. V. (2017). Factors associated with bicycle use for commuting and for leisure among Brazilian workers. Sport Sciences For Health, 1-6. Doi: 10.1007/s11332-017-0350-0

Barczak, R., & Duarte F. (2012). Impactos ambientais da mobilidade urbana:

cinco categorias de medidas mitigadoras. URBE Revista Brasileira de Gestão Urbana, 4, 1, 13-32.

Bauman, A., Crane, M., Drayton, B. A., & Titze, S. (2017). The unrealised potential of bike share schemes to influence population physical activity levels – A narrative review. Preventive Medicine, 1-17. Doi: 10.1016/j.ypmed.2017.02.015

Buehler; R., & Pucher, J. (2012). Walking and Cycling in Western Europe and United States. Recuperado em: 18 de agosto de 2017, de http://onlinepubs.trb.org/onlinepubs/trnews/trnews280WesternEurope.pdf

Companhia de Engenharia de Tráfego - CET. (2014). Ciclovias em SP: Integrando e fazendo o bem para a cidade. Recuperado em 20 de fevereiro de 2018, de http://www.cetsp.com.br/media/316505/sp%20400km_v2s.pdf

Chardon, C., M., Caruso, G., & Thomas, I. (2017). Bicycle sharing system ‘success’ determinants. Transportation Research Part A: Policy and Practice, 100, 1, 202-214. Doi: 10.1016/j.tra.2017.04.020

Demaio, P. (2009). Bike-sharing: History, Impacts, Models of Provision, and Future. Journal Of Public Transportation, 12, 41-56.

Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. (2007a). Frota de veículos no Brasil por ano. Recuperado em: 20 de maio de 2018, de: http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237-frota-veiculos

Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. (2017a). Frota de veículos no Brasil por ano. Recuperado em: 20 de maio de 2018, de: http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237-frota-veiculos

Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. (2007b). Frota de veículos no Brasil por município. Recuperado em: 20 de maio de 2018, de: http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237-frota-veiculos

Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. (2017b). Frota de veículos no Brasil por município. Recuperado em: 20 de maio de 2018, de: http://www.denatran.gov.br/index.php/estatistica/237-frota-veiculos

Fishman, E., Washington, S., & Haworth, N. (2013). Bike Share: A Synthesis of the Literature. Transport Reviews, 33, 148-165. Doi: 10.1080/01441647.2013.775612

Frade, I., & Ribeiro, A. (2014). Bicycle Sharing Systems Demand. Procedia - Social And Behavioral Sciences, 111, 518-527. Doi: 10.1016/j.sbspro.2014.01.085

García-Palomares, J. C., Gutiérrez, J., & Latorre, M. (2012). Optimizing the location of stations in bike-sharing programs: A GIS approach. Applied Geography, 35, 235-246. Doi: 10.1016/j.apgeog.2012.07.002

Gomide, A. A. (2006). Mobilidade urbana, iniquidade e políticas sociais. IPEA políticas sociais − acompanhamento e análise, 242-250.

Goodman, A., Green, J., & Woodcock, J. (2014). The role of bicycle sharing systems in normalising the image of cycling: an observational study of

London cyclists. J. Transp. Health, 1, 1, 5–8. Doi: 10.1016/j.jth.2013.07.001

Ho, S. C. & Szeto, W.Y. (2017). A hybrid large neighborhood search for the static multi-vehicle bike-repositioning problem. Transportation Research Part B: Methodological, 95, 340-363. Doi: 10.1016/j.trb.2016.11.003

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. (2018). Censo 2010. Recuperado em: 15 de maio de 2018, em: www.ibge.gov.br/cidadesat

Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento - IPTD. (2014) Guia de Planejamento de Sistemas de Bicicletas Compartilhadas. Recuperado em 10 de outubro de 2017, em: https://www.itdp.org/wp-content/uploads/2013/12/ITDP-Brasil_Guia-de-Planejamento-de-Sistemas-de-Bicicletas-Compartilhadas.pdf

Kabra, A., Belavina, E., & Girotra, K. (2016). Bike-Share Systems: Accessibility and Availability Recuperado em 22 de fevereiro de 2017, em: https://ssrn.com/abstract=2555671

Kunz, M., Neckel, A. & Kujawa, H. A. (2017). The Influence of Public Policies on Urban Mobility: A Comparative Study between Porto Alegre (Brazil) and Washington D.C. (United States). Journal of Civil Engineering and Architecture, 11, 3, 295-304. Doi: 10.17265/1934-7359/2017.03.009

Lin, J., & Yang, T. (2011). Strategic design of public bicycle sharing systems with service level constraints. Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review, 47, 2, 284-294. Doi:10.1016/j.tre.2010.09.004

Lowry, M., & Loh, T. H. (2017). Quantifying bicycle network connectivity. Preventive Medicine, 95, 134-140. Doi: 10.1016/j.ypmed.2016.12.007

Martinez, L. M., Caetano, L., Eiró, T. & Cruz, F. (2012). An Optimisation Algorithm to Establish the Location of Stations of a Mixed Fleet Biking System: An Application to the City of Lisbon. Procedia - Social And Behavioral Sciences, 54, 513-524. Doi: 10.1016/j.sbspro.2012.09.769

Meddin, R., & Demaio, P. (2018). The Bike Share World Map. Recuperado em 25 de maio de 2018, em: http://www.metrobike.net/the-bike-sharing-world-map/

Minayo, M. C. S. (2009). Seis características das mortes violentas no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, 26, 1, 135-140. Doi:10.1590/s0102-30982009000100010

Ricci, M. (2015). Bike sharing: a review of evidence on impacts and processes of implementation and operation. Res. Transp. Bus. Manage. 15, 28–38.

Doi: 10.1016/j.rtbm.2015.03.003.

Rubim, B. & Leitão, S. (2013). O Plano de Mobilidade Urbana e o futuro das cidades. Estudos Avançados, 27, 79, 55-66.

Rybarczyk, G. & Wu, C. (2010). Bicycle facility planning using GIS and multi-criteria decision analysis. Applied Geography, 30, 2, 282-2.

Saraiva, P. P., Ribeiro, L. A., Neckel, A., Lermen, R. T., & Silva, J. L. (2017). Evaluating the bicycle sharing system in a medium-sized city. International Journal of Humanities and Social Science. 7, 5,65-74.

Schuijbroek, J., Hampshire, R.C., & Van Hoeve, W.J. (2013). Inventory rebalancing and vehicle routing in bike sharing systems. European Journal of Operational Research, 257, 992-1004. Doi: 10.1016/j.ejor.2016.08.029

Shaheen, S.; Guzman, S.; & Zhang, H. (2010). Bikesharing in Europe, the Americas, and Asia. Journal of the Transportation Research Board, 2143, 159- 167. Doi: 10.3141/2143-20

Tran, T. D., Ovtracht, N. & D’arcier, B. F. (2015). Modeling Bike Sharing System using Built Environment Factors. Procedia Cirp, 30, 293-298. Doi: 10.1016/j.procir.2015.02.156

Vogel, P., Greiser, T. & Mattfeld, D. C. (2011). Understanding Bike-Sharing Systems using Data Mining: Exploring Activity Patterns. Procedia - Social And Behavioral Sciences, 20, 514-523. Doi: 10.1016/j.sbspro.2011.08.058

Zhang, Y., Thomas, T., Brussel, M. & Maarseveen, M. (2017). Exploring the impact of built environment factors on the use of public bikes at bike stations: Case study in Zhongshan, China. Journal of Transport Geography, 58, 59-70. Doi: 10.1016/j.jtrangeo.2016.11.014

Downloads

Publicado

2019-05-14

Como Citar

Saraiva, P. P., Ribeiro, L. A., Neckel, A., Silva, J. L. da, & Lermen, R. T. (2019). Avaliação da influência do entorno no uso das estações de bicicletas compartilhadas. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/24042

Edição

Seção

Artigos