Classificação e agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento: 1960 a 2013

Autores

  • Iraci Pereira Stensjö
  • Camila Carvalho Ferreira
  • Rejane Magiag Loura

Palavras-chave:

Zoneamento climático. Eficiência energética. Graus-dia. Índices adaptativos.

Resumo

Graus-dia são usualmente utilizados no mundo para estimar o consumo de energia devido ao aquecimento e/ou resfriamento em edificações. Contudo, no Brasil, não há norma técnica que estabeleça um método de cálculo e/ou um zoneamento de graus-dia. Este trabalho apresenta uma proposta de cálculo do número de graus-dia aplicável em todo o país e um zoneamento nacional decorrente dessa classificação. A base de dados é composta pelas Normais Climatológicas e médias mensais do Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa do INMET. Esses dados juntos permitem avaliar a evolução da condição climática das cidades. Os graus-dia de aquecimento (GDA) e resfriamento (GDR) foram calculados e as temperaturas de base foram definidas com base em um modelo adaptativo. Para a realização do agrupamento das cidades por GDA e GDR, foi utilizado o procedimento estatístico de cluster e, em seguida, a significância estatística dos agrupamentos gerados foi verificada através do Teste F. Como resultados, obteve-se a classificação das 317 cidades por número de GDA e GDR e o zoneamento proposto mostrou-se significante. Por fim, foram produzidos mapas do zoneamento das cidades brasileiras por demanda de aquecimento ou resfriamento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado,

Aquecimento e Ventilação - ASBRAV. (2014). Setor de

Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação

projeta crescimento de 10% no país. Recuperado em 14

de novembro, 2016 de: http://asbrav.org.br/setor-de-

-refrigeracao-ar-condicionado-aquecimento-e-ventilacao-

-projeta-crescimento-de-10-no-pais/

Assis, E. S. (2001). Método Integrado de Análise Climática

para Arquitetura Aplicado à Cidade de Belo Horizonte,

MG. In Encontro Nacional e Encontro Latino-Americano

Sobre Conforto no Ambiente Construído. São Pedro:

ANTAC.

Auliciems, A. (1981). Psycho-Physiological Criteria for

Global Thermal Zones of Building Design. International

Journal of Biometeorology.

Borah, P., Singh, M. K. & Mahapatra, S. (2015). Estimation

of degree-days for different climatic zones of North-East

India. Sustainable Cities and Society, 14, 70-81.

Bussab, W. O., Miazaki, E. S. & Andrade, D. F. (1990).

Introdução à Análise de Agrupamentos. São Paulo:

Associação Brasileira de Estatística.

Cartalis, C., Synodinou, A., Proedrou, M., TsangrassouliS,

A. & Santamouris, M. (2001). Modifications in energy demand

in urban areas as a result of climate changes: an

assessment for southeast Mediterranean region. Energy

Conversion and Management, 42, 1647-1656.

Christenson M.; Manz H.; & Gyalistras D. (2006). Climate

Warming Impact on Degreedays and Building Energy

Demand in Switzerland. Energy Convers Manage, 47,

-686.

Day, T. (2006). Degree-days: theory and application TM4.

London: The Chartered Institution of Building Services

Engineers (CISBE).

De Dear, R. J., & Brager, G. S. (2002). Thermal Comfort

in Naturally Ventilated Buildings: revisions to ASHRAE

Standard 55. Energy and Buildings, 34, 549-561.

Departamento Nacional de Meteorologia - DNMET.

(1992). Normais climatológicas 1961-1990. Brasília:

DNMET.

Departament Of Energy - DOE. (2010). High-Performance

Home Technologies: Guide to Determining Climate

Regions by County. Washington: DOE.

Empresa de Pesquisa Energética - EPE. (2016). Balanço

Energético Nacional 2010: Ano base 2015. Rio de Janeiro:

EPE.

Farias, A. A., Cesar, C. C. & Soares, J. F. (2003). Introdução

à estatística. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos.

Humphreys, M. (1978). Outdoor Temperatures and

Comfort Indoors. Building Research & Information, 6, 92.

Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. (2009).

Normais climatológicas do Brasil: 1961 – 1990: Edição revisada

e ampliada. Brasília: INMET.

Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. (2016).

Banco de Dados Meteorológicos para Ensino e Pesquisa

— BDMEP. Recuperado em 14 de novembro de 2016, de:

http://www.inmet.gov.br/projetos/rede/pesquisa/

Kottek, M., Grieser, J.; Beck, C.; Rudolf, B.; & Rubel,

F. (2006). World Map of the Köppen-Geiger Climate

Classification Updated. Meteorologische Zeitschrift, 15,

-263.

Lam J. C., Wan K. K. W., Pan W. & Li D. H. W. (2011).

Long-term Trends of Degree-Days In the 20th and

st Centuries and Heating and Cooling Energy Use

Implications: Research report. Hong Kong: Department of

Civil and Architectural Engineering.

Lee K., & Levermore G. J. (2010). Weather Data for Future

Climate Change for South Korean Building Design:

Analysis for Trends. Architectural Science Review, 53,

-171.

Li, D.H.W., Yang, L. & Lam, J.C. (2012). Impact of climate

change on energy use in the built environment in different

climate zones – A review. Energy, 42, 103-112.

Nicol, J. F., & Humphreys, M. A. (2002). Adaptive Thermal

Comfort and Sustainable Thermal Standards for

Buildings. Energy and Buildings, 34, 563-572.

Peel, M. C., Finlayson, B. L., & McMahon, T. A. (2007).

Updated World Map of the Köppen-Geiger Climate

Classification. Hydrology and Earth System Sciences, 11,

–1644.

Pereira, I. M., & Assis, E. S. (2010). Avaliação de Modelos

de Índices Adaptativos para Uso no Projeto Arquitetônico

Bioclimático. Ambiente Construído, 10, 37-49.

Pilli-Sihvola K.; Aatola P.; Ollikainen M.; & Tuomenvirta H.

(2010). Climate and Electricity Consumption: Witnessing

Increasing or Decreasing Use and Costs? Energy Policy,

, 2409-2419.

Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações

– PROCEL (2007). Pesquisa de Posse de Equipamentos e

Hábitos de Consumo de Energia. Eletrobrás. Recuperado

em 14 de novembro de 2016, de: http://www.procel.gov.

br/data/Pages/LUMIS05070313PTBRIE.htm

Reddy, T. A. (2011). Applied Data Analysis and Modeling

for Energy Engineers and Scientists. London: Springer.

Roshan, G.R., Ghanghermeh, A. A. & Attia, S. (2017).

Determining new threshold temperatures for cooling and

heating degree day index of different climatic zones of

Iran. Renewable Energy, 101, 156-167.

Downloads

Publicado

2017-10-31

Como Citar

Pereira Stensjö, I., Carvalho Ferreira, C., & Magiag Loura, R. (2017). Classificação e agrupamento das cidades brasileiras em graus-dia de aquecimento e resfriamento: 1960 a 2013. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 9. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/22217

Edição

Seção

Artigos