DESEMPENHO DE IDOSOS EM TESTES FUNCIONAIS E O USO DE MEDICAMENTOS

Authors

  • Flávia Pereira Martins
  • Helena Uemoto Maia
  • Leani Souza Máximo Pereira

Abstract

O processo do envelhecimento vem acompanhado de uma série de alterações fisiológicas no organismo, que pode afetar sensivelmente tanto a farmacocinética como a farmacodinâmica das drogas existentes. A maioria dos idosos consome, pelo menos, um medicamento e cerca de um terço consome cinco ou mais simultaneamente. A utilização de múltiplas drogas, a prescrição de medicamentos contraindicados para os idosos e o manejo inadequado desses componentes pela equipe de saúde podem desencadear efeitos adversos no desempenho motor, gerando instabilidades, quedas e suas comorbidades. O objetivo desse estudo foi avaliar o desempenho de idosos da comunidade em testes de mobilidade e de equilíbrio e correlacioná-los com os medicamentos usados. Trata-se de um estudo observacional transversal realizado com 35 idosos da comunidade que freqüentavam um grupo de terceira idade em Belo Horizonte/MG. O desempenho dos idosos nos testes de mobilidade (timed up and go) e de equilíbrio (apoio unipodálico) foi relacionado com os medicamentos usados. Uma relação significativa foi encontrada entre o número de medicamentos utilizados e o fraco desempenho no TUG e no apoio unipodálico pelos idosos (P<0,05). O desempenho no TUG foi pior entre os idosos que utilizavam anticoagulantes (P=0,029). Os idosos que usavam hipolipemiantes, hipoglicemiantes e fitoterápicos foram incapazes de realizar o teste de apoio unipodálico (P<0,05). Testes simples podem ser sensíveis aos efeitos adversos das medicações. Reconhecer as alterações motoras decorrentes da farmacoterapia inadequada constitui uma abordagem preventiva do fisioterapeuta.

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Published

2017-08-31

How to Cite

Martins, F. P., Maia, H. U., & Pereira, L. S. M. (2017). DESEMPENHO DE IDOSOS EM TESTES FUNCIONAIS E O USO DE MEDICAMENTOS. Fisioterapia Em Movimento (Physical Therapy in Movement), 20(1). Retrieved from https://periodicos.pucpr.br/fisio/article/view/18845

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