PARALISIA CEREBRAL: uma análise do comprometimento motor sobre a qualidade de vida
Abstract
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a qualidade de vida (QV) pode ser definida como a percepção do indivíduo quanto à sua posição na vida e no contexto da cultura e sistemas de valores em que se vive, podendo ser alterada por fatores intrínsecos e extrínsecos. É sabido que o comprometimento motor, afetado de diferentes maneiras na Paralisia Cerebral (PC), pode levar à exclusão social do sujeito. O presente estudo teve como objetivo analisar a influência do acometimento motor sobre a QV de crianças com PC atendidas no Ambulatório de Fisioterapia Aplicada à Neurologia Infantil da Unicamp. Foi realizado um estudo de corte transversal, de caráter descritivo, onde 33 crianças foram avaliadas por meio do questionário AUQEI-modificado. Esse questionário é composto por 40 itens relacionados aos domínios: atividade, saúde, função e separação, e as respostas foram classificadas em muito triste, triste, feliz e muito feliz. Das 33 crianças, 5 (15,16%) foram diagnosticadas tetraparéticas, 9 (27,28%) diparéticas e 19 (57,56%) hemiparéticas. Dos tetraparéticos, 40% não apresentam marcha independente; dos que apresentam, 20% ficam tristes quando correm. Todos se sentem tristes quando pegam objetos com a mão mais comprometida. Dos diparéticos, 33,33% sentem-se tristes quando pensam no pai e 22,23% não ficam felizes ao verem a própria foto. Dos hemiparéticos, 42,10% ficam tristes ou muito tristes ao irem ao médico; enquanto 47,05% ficam tristes quando pensam na mãe e 29,41% quando pensam no pai. No total, 80% dos tetraparéticos e 100% dos diparéticos e hemiparéticos disseram gostar da sessão de fisioterapia. Os dados refletem uma heterogeneidade das respostas analisadas, segundo o grau de comprometimento motor, influenciando, assim, na QV. Uma intervenção interdisciplinar é indispensável para melhor promoção de saúde.Downloads
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Published
2017-08-31
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