“Liberté, Égalité, Fraternité” − “eu”, “tu”, “nós”: o filosofar político de Fichte1

Autores

  • Günter Zöller Ludwig-MaximiliansUniversität München (LMU), Munique, Alemanha

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.27.042.DS01

Resumo

No ano de 2014, não só ocorreu o bicentenário da morte de Johann Gottlieb Fichte, mas também completou cem anos o começo da Primeira Guerra Mundial ou Grande Guerra, como ainda é denominada no ocidente. O desembarque dos aliados na Normandia completou cinquenta anos. Além disso, esse ano marcou os doze séculos que nos separam, ou melhor, nos unem à morte de Carlos Magno e dois milênios à de Júlio César Otaviano, conhecido como Augusto — todos eles aniversários de grandes acontecimentos políticos e históricos que causaram mudanças profundas e consequências duradouras. Nessa constelação analista, parece oportuno tornar presente a morte de Fichte, em 29 de janeiro de 1814, o qual foi um pensador político nos moldes europeus. Com tal finalidade, a primeira parte desta conferência expõe o caráter político do filosofar de Fichte. A segunda parte investiga o cunho político de seu filosofar, remetendo-o ao tríplice lema da  Revolução Francesa — “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” —, ao qual é correlacionada a tríade fichtiana “Eu”, “Tu” e “Nós”. A parte final trata da posição e da função mediais e transitórias do político em Fichte, para quem o Estado nunca é um fim em si mesmo, mas apenas meio para um fim.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

FICHTE, J.G. Gesamtausgabe der Bayerischen Ankademie der Wissenschaften. Ed.

LAUTH R. et. al. Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann Holzoboog, 1962ss.

GEORG, H.; ZÖLLER, G. (Ed.). Fichtes praktische Philosophie. Eine systematische

Einführung. Hildesheim: Olms, 2006.

KANT, I. Kant´s Gesammelte Schriften. Ed. Königlich Preußische Akademie der

Wissenschaften. Berlin: de Gruyter, 1922ss.

SCHRADER, W. Empirisches und absolutes Ich. Zur Geschichte des Begriffs Leben in der Philosophie J. G. Fichtes. Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 1972.

ZÖLLER, G. Setzen und Bestimmen in Fichtes Grundlage der gesammten

Wissenschaftslehre. In: FUCHS, E.; RADRIZZANI, I. (Ed.). Der Grundansatz der ersten Wissenschaftslehre Johann Gottlieb Fichtes. München/Neuried: Ars Una, 1996. p. 178-192.

ZÖLLER, G. Die Bestimmung der Bestimmung des Menschen bei Mendelssohn und Kant. In: GERHARD, V.; HORSTMANN, R. P.; SCHUMACHER, R. (Ed.). Kant und die Berliner Auflärung. Akten des 9. Internationalen Kant-Kongresses (26. bis 31. März 2000 in Berlin). v. 4. Berlin; New York: Walter de Gruyter, 2001. p. 476-489.

ZÖLLER, G. Konkrete Ethik. Universalität und Partikularität in Fichtes

System der Sittenlehre. In: ENGELHARD, K.; HEIDEMANN, D. (Ed.).

Ethikbegründungen zwischen Universalismus und Relativismus. Berlin; New York: de Gruyter, 2005. p. 203-229.

ZÖLLER, G. Politische Hermeneutik. Die philosophische Auslegung der

Geschichte in Fichtes Reden an die deutsche Nation. In: FIGAL, G. (Ed.).

Internationales Jahrbuch für Hermeneutik. v. 7. Hermeneutik der Geschichte. Tübingen: Mohr Siebeck, 2008. p. 219-243.

ZÖLLER, G. ‘Menschenbildung’. Staatspolitische Erziehung beim späten

Fichte. In: HUTTER, A.; KARTHEINIGER, M. (Ed.). Bildung als Mittel und

Selbstzweck. Korrektive Erinnerung wider die Verengung des Bildungsbegriffs. Freiburg i. Br./Munich: Alber, 2009. p. 42-62.

ZÖLLER, G (Ed.). Der Staat als Mittel zum Zweck. Fichte über Freiheit, Recht und Gesetz. Reihe “Staatsverständnisse”. Baden-Baden: Nomos, 2011a.

ZÖLLER, G. Das ‘erste System der Freiheit’. Fichtes neue Darstellung der

Wissenschaftslehre (1795-1899). In: DANZ, Ch.; STOLZENBERG, J (Ed.).

System und Kritik um 1800. Hamburg: Meiner, 2011b. p. 13-28.

ZÖLLER, G. “Fichte, Schelling und die Riesenschlacht um das Sein”. In:

HILTSCHER, R.; KLINGNER, S (ed.). Friedrich Wilhelm Joseph Schelling. Neue Wege der Forschung. Darmstadt: Wissenschaftliche Zuchgesellschaft, 2012. p. 221-236.

ZÖLLER, G. Fichte lesen. Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 2013a. p. 75-101.

ZÖLLER, G. Mensch und Erde: Die geo-anthropologische Parallelaktion von Herder und KANT. In: HEINZ, M. (Ed.). Herders “Metakritik”: Analysen und Interpretationen. Stuttgart-Bad Cannstatt: Frommann-Holzboog, 2013b. p. 253-271.

Downloads

Publicado

2015-12-23

Como Citar

Zöller, G. (2015). “Liberté, Égalité, Fraternité” − “eu”, “tu”, “nós”: o filosofar político de Fichte1. Revista De Filosofia Aurora, 27(42), 651–673. https://doi.org/10.7213/aurora.27.042.DS01