NATURAL OU TRANSCENDENTAL: SOBRE O CONCEITO LEBENSFORM EM WITTGENSTEIN E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ÉTICA

Autores

  • Darlei Dall’Agnol Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

DOI:

https://doi.org/10.7213/rfa.v21i29.2575

Resumo

O presente trabalho examina o conceito forma-de-vida nas Investigações Filosóficas de Wittgenstein e discute algumas de suas implicações éticas. Primeiramente, reconstrói as interpretações naturalistas e transcendentais dessa noção. Além disso, o trabalho sustenta, a partir de uma exegese cuidadosa do texto de Wittgenstein e, principalmente, de um esclarecimento sobre a natureza da atividade filosófica, que o conceito forma-de-vida desempenha uma função gramatical que não é nem estritamente empírica (portanto, a leitura naturalista está errada) nem transcendental no sentido forte, pois embora seja uma pré-condição do sentido, a própria gramática é parte das práticas humanas estando, por conseguinte, sujeita a mudanças. Desse modo, a leitura transcendentalista também estaria errada. Finalmente, o artigo discute as implicações éticas dessa nova interpretação.

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Publicado

2009-05-04

Como Citar

Dall’Agnol, D. (2009). NATURAL OU TRANSCENDENTAL: SOBRE O CONCEITO LEBENSFORM EM WITTGENSTEIN E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A ÉTICA. Revista De Filosofia Aurora, 21(29), 277–295. https://doi.org/10.7213/rfa.v21i29.2575

Edição

Seção

Dossiê