TY - JOUR AU - Candiotto, Cesar PY - 2013/05/03 Y2 - 2024/03/28 TI - Política, Revolução e insurreição em Michel Foucault JF - Revista de Filosofia Aurora JA - Rev. Filos. Aurora VL - 25 IS - 37 SE - Dossiê DO - 10.7213/aurora.25.037.DS10 UR - https://periodicos.pucpr.br/aurora/article/view/691 SP - 223-264 AB - <span>O artigo mostra como Michel Foucault se afasta da referência à Revolução para pensar a política moderna, principalmente desde que aquela passou a ser interpretada pelos parâmetros estalinistas do Partido Comunista. Em contrapartida, ele indica que o ponto de partida da política é constituído pelas resistências à governamentalidade observáveis na atitude crítica, nas contracondutas e nas insurreições. Esses operadores conceituais procuram ressaltar não as teorias e os sistemas propositivos de uma política justa, e sim a perspectiva dos próprios governados quando buscam desprender-se das obediênciasconsentidas, bem como do silenciamento diante de ações governamentais intoleráveis. Nesse sentido, a política tem como nova referência os processos de subjetivação a partir dos quais buscamos nos tornar completamente outros em um mundo inteiramente outro. A essas experiências políticas de dessubjetivação e transformação de nós mesmos, detectáveis principalmente nos movimentos de contracondutas, Foucault deduz uma espiritualidade política, irredutível às avaliações das lutas em termos de êxito ou fracasso.</span> ER -