Arte, superstição e “filosofia” no Renascimento

Autores

  • Rogério Miranda de Almeida Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

DOI:

https://doi.org/10.7213/aurora.27.042.AO02

Resumo

As reflexões deste artigo têm como objetivo principal mostrar que, à diferença do que se pensa habitualmente, o período do Renascimento foi marcado por uma atmosfera de magia, de superstição, de medo e angústia em face do destino e da morte. Trata-se, pois, de um período em que floresceram, ou refloresceram, as letras e as artes, mas não propriamente a ciência e a filosofia. Na verdade, a própria ciência e o que se poderia denominar filosofia — representada principalmente por duas correntes: a platônica, da Escola de Florença, e a aristotélica, da Universidade de Pádua — eram envolvidas por uma atmosfera de saber hermético e, consequentemente, eram lidas e estudadas a partir dessa perspectiva. Note-se ademais que, já na primeira metade do século XX, começaram a desenvolver-se novos estudos que vieram fazer ressaltar essa faceta pouco conhecida, ou negligenciada, do período renascentista. 

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Publicado

2015-12-23

Como Citar

Miranda de Almeida, R. (2015). Arte, superstição e “filosofia” no Renascimento. Revista De Filosofia Aurora, 27(42), 895–916. https://doi.org/10.7213/aurora.27.042.AO02