PLANEJAMENTO E DIVERSIDADE: as mazelas da medicina social no ‘país da cordialidade’
Palavras-chave:
Medicina social, Planejamento, Diversidade cultural, CiênciaResumo
O tema da relação público-privado há muito ocupa a pauta das Ciências Sociais brasileiras, tendo produzido clássicos como o livro Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Hollanda. Em obras como esta, enfatiza-se a dificuldade do brasileiro em assumir um comportamento regido por normas impessoais. Diante destas, são mobilizados expedientes como o “sabe com quem está falando” e o “jeitinho”, repondo as relações de pessoa na resistência a projetos que se dizem saneadores dos costumes. Em seu propósito modernizante, que se estende aos hábitos individuais, a Medicina Social teve muitas vezes de enfrentar a cordialidade e a rígida demarcação entre o público e o privado presentes na vida brasileira. Se, no plano da história, vamos encontrar essas forças agindo na “Revolta da Vacina”, no literário, encontramos no personagem Simão Bacamarte, da obra O Alienista que Machado de Assis publicara, na forma de folhetim, entre 1881 e 1882, o exemplo do choque entre duas éticas diferenciadas, a da cordialidade, definida por Sérgio Buarque de Hollanda e a do impulso planificador da Ciência Moderna.Downloads
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Publicado
2017-09-01
Como Citar
Machado Guimarães, A. C., & Villarta-Neder, M. A. (2017). PLANEJAMENTO E DIVERSIDADE: as mazelas da medicina social no ‘país da cordialidade’. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 1(2), 235–244. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/5254
Edição
Seção
Artigos