A captura do espaço e do território pelas finanças via securitização da habitação no Brasil
Resumen
O presente artigo busca contribuir com o debate sobre o processo de financeirização do circuito imobiliário brasileiro. Para isso, propõe-se uma análise sobre o processo de captura do espaço e do território brasileiro pela securitização da habitação. Parte-se da argumentação de que o espaço precisa figurar como dimensão central nas análises sobre a relação entre a financeirização da economia e a produção do espaço urbano. Diante disto, o artigo propõe uma análise geográfica do processo. Para tal, são analisados os dados referentes aos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), instrumento financeiro que implementa, em 1997, a securitização de dívidas imobiliárias no Brasil. É demonstrado como é, a partir da maior instituição bancária pública, a Caixa Econômica Federal (CEF), como agente central no mercado de CRI, que é possível observar, pela primeira vez no País, uma verdadeira captura do território pelas finanças, capturando habitações para servir como lastro financeiro nas diferentes regiões, nos diferentes estados, em variadas cidades, mesmo que de maneira seletiva e desigual. Diante disto, propomos uma análise que coloque a dimensão espacial no centro da análise, em diferentes escalas, desde a escala nacional até a escala das cidades.
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