População em situação de rua e espaço público: as manifestações contraditórias de aporofobia e de gentileza urbana na atualidade
Resumo
A consolidação de cidades espacialmente segregadas produziu formas naturalizadas de percepção sobre o lugar que cabe a cada grupo social no espaço urbano. Neste cenário de permanentes conflitos sociais, emergiram tendências polarizadas de intervenção arquitetônica e urbanística no espaço público. De um lado, encontram-se intervenções que valorizam a coexistência da diversidade social no espaço público e, de outro, encontram-se propostas de intolerância. As primeiras são, em geral, denominadas de práticas de gentileza urbana. As segundas, de aporofobia. Ambas afetam, sobretudo, a população em situação de rua. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é contribuir para o debate sobre a experiencia da população em situação de rua no espaço público a partir das tensões produzidas pelas intervenções que, atualmente, se manifestam conforme essas práticas contraditórias. A pesquisa realizou-se por meio de revisão de literatura, pesquisa documental e observações. Considera-se que as intervenções realizadas no espaço público que levam em consideração valores associados às práticas de gentileza urbana afetam positivamente a vida das pessoas em situação de rua e que devem ser incentivadas, e que, em paralelo, deve-se estabelecer a contenção das intervenções urbanas aporofóbicas.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Brasileira de Gestão Urbana
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License. Todos os artigos são publicados online e em acesso aberto, sob licença Creative Commons Atribuição (by). A revista urbe permite o acesso, arquivamento e divulgação irrestritos da versão final publicada do artigo, e não autoriza o arquivamento e divulgação das demais versões anteriores à sua publicação.