MAPEAMENTO COLABORATIVO COMO FONTE DE DADOS PARA O PLANEJAMENTO URBANO - DESAFIOS E POTENCIALIDADES

Autores

  • Adriana Alexandria Machado Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas - Universidade Federal do Paraná - Curitiba - Paraná
  • Silvana Philippi Camboim Programa de Pós-Graduação em Ciências Geodésicas - Universidade Federal do Paraná -Curitiba - Paraná

Palavras-chave:

mapeamento topográfico em escalas grandes, mapeamento de referência oficial urbano, mapeamento colaborativo, semântica de dados geoespaciais.

Resumo

O mapeamento de referência urbano, necessário ao planejamento urbano e ao Cadastro Técnico Multifinalitário nos municípios é oneroso, sua produção tem competência compartilhada entre União, estados e municípios e, apenas em 2016 foram lançadas normas englobando este tipo mapeamento no Brasil. Por isso, é necessário buscar alternativas para ajudar na produção e atualização do mapeamento de referência nas cidades. O mapeamento colaborativo, através de plataformas como o OpenStreetMap, produzem e disponibilizam dados geoespaciais atualizados e abertos na internet, apresentando-se como uma alternativa relevante para ser utilizada em conjunto com o mapeamento de referência e outras geotecnologias na gestão urbana dos municípios brasileiros. Este artigo descreve as principais considerações relativas à integração do mapeamento colaborativo ao mapeamento de referência urbano e apresenta um teste no qual foram integrados dados do OpenStreetMapcom dados oficiais do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) através da compatibilização semântica dos dados em conformidade com as normas nacionais. Como resultados foram produzidos, um mapa híbrido derivado da integração de ambos os mapeamentos, no qual foi observado um aumento de aproximadamente noventa por cento no número de feições e, uma síntese com as potencialidades e desafios relativos à integração.

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Como Citar

Machado, A. A., & Camboim, S. P. (2019). MAPEAMENTO COLABORATIVO COMO FONTE DE DADOS PARA O PLANEJAMENTO URBANO - DESAFIOS E POTENCIALIDADES. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 11. Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/24666

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