A coleta seletiva nas pesquisas brasileiras: uma avaliação metodológica

Autores

  • Leonardo Silveira Conke
  • Elimar Pinheiro do Nascimento

Palavras-chave:

coleta seletiva, sustentabilidade urbana, resíduos sólidos

Resumo

A coleta seletiva é uma atividade que tem atraído grande interesse da sociedade, tanto pela sua contribuição à sustentabilidade urbana como pela geração de renda, de cidadania e pela economia de recursos naturais que proporciona. A melhoria na prestação desse serviço depende de uma avaliação adequada da sua situação, algo normalmente realizado por meio de levantamentos estatísticos. Contudo, ao se analisar as quatro principais pesquisas brasileiras sobre o tema, descobriu-se que elas apresentam dados bastante contrastantes. Um dos mais divergentes refere-se ao número de municípios que oferecem a coleta seletiva que, segundo os relatórios, pode ser de 14%, 20%, 32% ou 60%. Por isso, buscou-se aqui comparar os procedimentos metodológicos adotados nas pesquisas brasileiras sobre coleta seletiva, a fim de explicar suas divergências e esboçar um panorama da oferta desse serviço no país. Os resultados revelaram que a coleta seletiva ainda é incipiente em abrangência (ocorre em apenas 41% dos municípios) e em eficiência (apenas 10% daquilo que é potencialmente reciclável é recolhido). Descobriu-se também que há espaço para aperfeiçoamento na produção dos relatórios, especialmente nos métodos amostrais, nas técnicas estatísticas para os cálculos finais e na qualidade das perguntas dos questionários, fatores que mais influenciaram as disparidades observadas.

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Publicado

2018-01-29

Como Citar

Silveira Conke, L., & Pinheiro do Nascimento, E. (2018). A coleta seletiva nas pesquisas brasileiras: uma avaliação metodológica. Revista Brasileira De Gestão Urbana, 10(1). Recuperado de https://periodicos.pucpr.br/Urbe/article/view/20783

Edição

Seção

Artigos